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Curitiba,30/04/2025

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    Brasil defende papel do Brics na busca por soluções de conflitos globais

    Durante reunião no Rio de Janeiro, chanceler Mauro Vieira reforça compromisso do Brics com a diplomacia e pede ação concreta para conflitos como Ucrânia e Faixa de Gaza.

    Portal de Notícia de Curitiba.
    Brasil defende papel do Brics na busca por soluções de conflitos globais Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, discursa na abertura da Reunião de Chanceleres do Brics no Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro. Créditos da Foto: Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

    Em meio a um cenário internacional marcado por conflitos armados e crises humanitárias, o Brasil reforçou sua posição de liderança diplomática no Brics. Durante a abertura da Reunião de Ministros das Relações Exteriores do grupo, realizada no Rio de Janeiro, o chanceler Mauro Vieira defendeu a necessidade urgente de atuação conjunta em prol da paz mundial. A fala ocorreu em um momento delicado, com a presença do ministro russo Sergey Lavrov, representante de um dos países diretamente envolvidos em guerra, e reforçou o compromisso brasileiro com o multilateralismo e o desenvolvimento global.




    Desenvolvimento


    Brasil lidera apelo por soluções diplomáticas


    Mauro Vieira destacou que o prolongamento da guerra na Ucrânia tem provocado "pesado impacto humanitário", defendendo uma solução diplomática que respeite os princípios da Carta das Nações Unidas. Mesmo sem citar a Rússia diretamente, sua fala foi um chamado claro para o Brics exercer influência na busca por soluções de paz.


    O ministro lembrou ainda da criação do Grupo de Amigos da Paz, iniciativa liderada por Brasil e China em 2024, reunindo países do Sul Global para promover o diálogo entre as partes em conflito.



    Sugestão de imagem: Foto do encontro de ministros no Palácio Itamaraty, com destaque para Mauro Vieira e representantes internacionais.



    Conflito Israel-Palestina também no centro das discussões


    Além da Ucrânia, Mauro Vieira abordou a crise humanitária na Faixa de Gaza. Ele criticou a retomada dos bombardeios israelenses e a obstrução da ajuda humanitária, defendendo a solução de dois Estados como única via para a paz duradoura no Oriente Médio.


    Segundo o chanceler, é imprescindível assegurar a retirada das forças israelenses de Gaza, garantir a libertação de reféns e permitir a entrada de assistência humanitária de forma plena.



    Sugestão de imagem: Mapa da Faixa de Gaza, destacando áreas de conflito e ajuda humanitária.



    Outros focos de tensão: Haiti e África


    Vieira também chamou atenção para o agravamento da crise no Haiti, onde gangues armadas têm desmantelado a ordem pública. Mencionou, ainda, conflitos no Sudão, na região dos Grandes Lagos e no Chifre da África, reforçando que o acesso à ajuda humanitária deve ser "incondicional e imparcial".


    Segundo ele, o Brics, com sua diversidade cultural e peso geopolítico, deve atuar como força pacificadora e "não como bloco de confronto".


    Multilateralismo e reforma da ONU


    Em seu discurso, Mauro Vieira defendeu uma profunda reforma do Conselho de Segurança da ONU, para refletir a realidade geopolítica atual. Hoje, o conselho é dominado por cinco membros permanentes com poder de veto (EUA, Reino Unido, França, China e Rússia).


    A ampliação do órgão, com maior representação de países do Sul Global, é uma das bandeiras centrais da presidência brasileira no Brics em 2025.



    Sugestão de imagem: Gráfico ilustrativo sobre a atual composição do Conselho de Segurança da ONU.



    Força econômica e estratégica do Brics


    O grupo Brics, atualmente com 11 membros, representa:




    • 39% da economia mundial




    • 48,5% da população global




    • 43,6% da produção mundial de petróleo




    • 72% das reservas de terras raras




    A expansão recente, com a entrada de países como Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes Unidos, fortaleceu ainda mais a importância do bloco, que atua como um dos principais fóruns políticos e econômicos do Sul Global.


    O Brasil, ao assumir a presidência temporária, foca em duas prioridades estratégicas:




    • Cooperação do Sul Global




    • Parcerias para o desenvolvimento social, econômico e ambiental




    A culminância dessa presidência será a reunião de cúpula, nos dias 6 e 7 de julho, também no Rio de Janeiro.




    Conclusão


    O apelo de Mauro Vieira durante a reunião do Brics reforça o papel do Brasil como defensor do diálogo e da diplomacia em um cenário internacional cada vez mais polarizado. A expectativa é que, até o encontro de chefes de Estado em julho, avanços concretos possam ser articulados dentro do bloco, consolidando o Brics como uma força em prol da paz mundial.


    Para Curitiba, para o Paraná e para o Brasil, a presença ativa no Brics significa mais oportunidades de cooperação, fortalecimento da diplomacia e protagonismo em temas globais, que impactam diretamente o futuro econômico e social da nossa região.




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