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Curitiba,19/05/2025

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    Disfarçados de técnicos, criminosos tentam furtar cabos em Londrina

    Disfarçados de técnicos, criminosos tentam furtar cabos em Londrina

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    Disfarçados de técnicos, criminosos tentam furtar cabos em Londrina Van caracterizada e entrada de duto utilizadas por criminosos durante tentativa de furto de cabos subterrâneos em Londrina. — Foto: Polícia Militar/Divulgação

    Introdução


    Você confiaria em alguém uniformizado mexendo na rede elétrica da sua rua? Em Londrina, cinco homens aproveitaram justamente essa confiança pública para tentar cometer um furto milionário. Com trajes de trabalho e veículos adesivados como se fossem de uma empresa de telecomunicações, o grupo foi pego pela Polícia Militar enquanto tentava roubar cabos subterrâneos. A ação aconteceu nas primeiras horas do último domingo (18) e revelou uma prática criminosa cada vez mais sofisticada, que pode impactar serviços essenciais e gerar grandes prejuízos.




    O crime: furto planejado com disfarces profissionais


    Na madrugada do dia 18 de maio, por volta das 5h, a Polícia Militar do Paraná interceptou cinco suspeitos na Avenida Guilherme de Almeida, em Londrina, no norte do estado. O grupo foi encontrado dentro de dutos pertencentes a uma empresa de telecomunicações, utilizando uniformes e equipamentos que simulavam uma operação legal.


    Segundo o tenente-coronel Eguedis, os criminosos tentaram justificar sua presença com uma suposta ordem de serviço, apresentada por meio de uma foto em um celular. Contudo, a documentação não foi validada — a empresa mencionada sequer possui contrato com a rede de telecomunicações envolvida.


    Além disso, os suspeitos estavam com uma van caracterizada como veículo corporativo e uma caminhonete sem qualquer identificação, onde já haviam armazenado cerca de uma tonelada de fios retirados do subsolo.




    Como funcionava o golpe


    O golpe consistia em:




    • Simular um serviço técnico com uniformes e equipamentos.




    • Apresentar uma falsa ordem de serviço como justificativa.




    • Acessar redes subterrâneas de empresas de comunicação.




    • Subtrair cabos e armazenar em veículo próprio, sem identificação empresarial.




    Essa tática visa evitar denúncias por parecer um trabalho legítimo. Segundo a PM, o crime foi descoberto graças à atenção da comunidade e à abordagem de rotina das equipes.




    Impacto e prejuízos causados


    Embora a carga total tenha sido recuperada, o impacto de crimes desse tipo vai além do valor dos fios de cobre. Os prejuízos incluem:




    • Interrupção de serviços essenciais, como internet e telefonia.




    • Custo de reposição e manutenção da infraestrutura afetada.




    • Risco à segurança pública, com pessoas não autorizadas acessando redes críticas.




    Empresas de telecomunicações e fornecimento de energia vêm sendo alvos frequentes desse tipo de crime, especialmente no sul do Brasil.




    Resposta das autoridades


    Os cinco suspeitos foram presos em flagrante e encaminhados à delegacia. A identidade deles ainda não foi revelada oficialmente, e o G1 segue em contato com a empresa citada no golpe para confirmar se algum dos envolvidos tinha vínculo verdadeiro.


    Em nota, o tenente-coronel Eguedis destacou a importância da participação da população:



    “A Polícia Militar continua atenta a esse tipo de movimentação. Pedimos que a comunidade denuncie qualquer atividade suspeita. Essas informações são fundamentais para localizar e prender criminosos.”





    Casos semelhantes no Paraná e no Brasil


    Furtos de cabos subterrâneos não são uma novidade, mas vêm ganhando proporções preocupantes. Somente em 2023, Curitiba registrou mais de 180 ocorrências de furtos de fios, principalmente em regiões de grande circulação.


    Exemplos de ocorrências similares:




    • Curitiba (PR): gangues atuando disfarçadas de trabalhadores da COPEL.




    • São Paulo (SP): quadrilhas roubaram quilômetros de cabos da CPTM, causando atrasos em trens.




    • Porto Alegre (RS): aumento de 40% nos furtos de fios em 2022, segundo a prefeitura.






    O que diz a legislação


    Furtos como o registrado em Londrina são enquadrados como crime qualificado, com pena aumentada pela utilização de fraude, associação criminosa e prejuízo a serviços públicos. Além disso:




    • Uso de documento falso também é tipificado como crime autônomo (art. 298 do Código Penal).




    • Caracterização indevida de veículos corporativos pode ser analisada como estelionato.




    As investigações devem agora apurar se há mais envolvidos e se o grupo já atuou em outras cidades.




    Como identificar uma operação legítima


    Diante da sofisticação dos golpes, é essencial que a população saiba identificar ações legítimas de manutenção ou obras urbanas.


    Dicas para reconhecer operações reais:




    • Verifique o nome da empresa e o número da ordem de serviço.




    • Observe se os veículos têm adesivação oficial e placas correspondentes.




    • Os trabalhadores devem portar identificação visível.




    • Ligue para a empresa prestadora do serviço para confirmar.




    Em caso de dúvida, o mais prudente é acionar a Polícia Militar pelo 190.




    Conclusão


    A ação frustrada em Londrina é um alerta claro: criminosos estão cada vez mais organizados e disfarçados de trabalhadores comuns. O caso destaca a necessidade de vigilância constante e integração entre comunidade e forças de segurança. Em tempos de golpes sofisticados, a desconfiança responsável pode evitar prejuízos gigantescos.


    Em Curitiba e em todo o Paraná, casos assim exigem uma postura ativa dos cidadãos e a modernização dos sistemas de controle e identificação de prestadores de serviço.




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