Violência no Colégio Santa Gemma: Alunos Vivem Clima de Medo Diariamente
Pais denunciam agressões recorrentes cometidas por um único aluno e cobram providências das autoridades e da escola

Medo na mochila: quando ir à escola vira um pesadelo
Para quem tem filhos no Colégio Santa Gemma, na região metropolitana de Curitiba, os últimos meses têm sido marcados por um sentimento que não deveria fazer parte da rotina escolar: o medo. O que antes era sinônimo de aprendizado e convivência saudável, agora se tornou motivo de angústia e insegurança para dezenas de famílias.
Segundo relatos de pais e responsáveis, um único aluno tem protagonizado episódios de violência contra colegas dentro da instituição. As agressões são frequentes, variadas e já fazem parte do cotidiano das crianças, que, com medo, muitas vezes não querem mais ir à escola.
Repetição de casos e omissão preocupam famílias
A situação não é nova. De acordo com os responsáveis pelos alunos, diversos casos foram comunicados à direção da escola, com registros feitos junto à Secretaria Municipal de Educação, Conselho Tutelar e Ministério Público.
"Já virou rotina. Toda semana tem uma nova ocorrência. E o pior: nada efetivo é feito. Parece que estamos sendo ignorados", desabafa uma mãe que preferiu não se identificar por medo de retaliações.
Os pais alegam que mesmo com a presença de protocolos formais e reportagens feitas no local – como a exibida ontem por uma equipe de imprensa local –, ainda não houve uma atitude concreta para proteger os estudantes e garantir um ambiente seguro.
A escola respondeu?
Até o momento, a direção do Colégio Santa Gemma não se manifestou oficialmente sobre as recentes denúncias. Tentativas de contato foram feitas pela nossa equipe de reportagem, mas não houve retorno até o fechamento deste texto.
Enquanto isso, grupos de pais organizam manifestações e já cogitam acionar a Defensoria Pública para reforçar o pedido de urgência. A principal exigência: medidas imediatas para proteger os alunos e garantir o bem-estar físico e emocional das crianças.
O que dizem os órgãos competentes?
Fontes ligadas à Secretaria Municipal de Educação confirmaram o recebimento de protocolos relacionados ao caso. O Conselho Tutelar também acompanha a situação e informou que já houve visitas à escola e orientações foram repassadas à gestão escolar.
Contudo, os pais cobram mais firmeza: "Orientação não resolve quando nossos filhos chegam em casa machucados ou chorando de medo. Precisamos de ação."
👉 Veja mais sobre os direitos das crianças em ambientes escolares na Cartilha do Ministério da Educação
A escola precisa ser um lugar seguro
Diante do silêncio institucional, a indignação das famílias cresce. A sensação é de abandono, como se a segurança dos alunos fosse um tema secundário. Mas o alerta está dado, e o pedido é claro: não podemos esperar uma tragédia para agir.
“Queremos que nossos filhos estudem em paz, com respeito e dignidade. A escola tem o dever de garantir isso”, reforça um dos pais líderes do movimento.
A comunidade escolar está mobilizada e exige providências. O tempo da omissão acabou. Agora é hora de agir — por todas as crianças.
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