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Modelo ucraniana é escalpelada e abandonada em obra em Dubai

Jovem de 21 anos foi torturada por horas e deixada em canteiro de obras; três russos são apontados como suspeitos

R7
Modelo ucraniana é escalpelada e abandonada em obra em Dubai Maria Kovalchuk exibe cicatrizes no rosto e no couro cabeludo após agressões sofridas em Dubai Foto: Reprodução / Daily Star

Maria Kovalchuk, modelo ucraniana de 21 anos, foi encontrada gravemente ferida em um canteiro de obras em Dubai no dia 9 de março, após ficar desaparecida por oito dias. A jovem afirma ter sido escalpelada, torturada e abandonada no local por três jovens russos após recusar investidas sexuais em uma festa privada. O caso gerou comoção internacional e revolta pela impunidade dos suspeitos.



Hoje em recuperação na Noruega, Maria enfrenta graves sequelas físicas e psicológicas. Ela já passou por nove cirurgias e ainda anda com dificuldade. As autoridades de Dubai investigaram o caso, mas arquivaram a denúncia sem apresentar acusações formais contra os envolvidos.



O que aconteceu em Dubai: festa, violência e abandono



Maria viajou a Dubai para produzir conteúdo adulto e planejava seguir para a Tailândia. Durante a estadia no hotel Five Jumeirah Village, reencontrou um conhecido de um bar de karaokê. Ele a convidou para ficar em seu quarto e prometeu ajudá-la a conseguir um voo privado para a Tailândia, o que levou Maria a aceitar o convite.



Naquele quarto, porém, ocorreu uma festa com jovens filhos de empresários russos e ucranianos. Segundo o relato da modelo, os convidados começaram a provocá-la, forçando-a a beber, empurrando-a e, em seguida, tornando-se agressivos. “Eles diziam que eu pertencia a eles e que fariam o que quisessem comigo”, contou Maria à jornalista Ksenia Sobchak.



Após tentar escapar, foi perseguida até um canteiro de obras próximo. Ali, segundo seu relato, sofreu agressões físicas brutais, teve o couro cabeludo arrancado e foi jogada de um parapeito. Milagrosamente, conseguiu pedir ajuda na rua. As imagens das câmeras de segurança foram apagadas, impossibilitando a comprovação direta dos fatos.



Depoimentos da mãe e da vítima reforçam brutalidade



Anna Kovakchuk, mãe de Maria, revelou que o cabelo da filha foi “tosquiado com uma faca”, resultando em um ferimento que obrigou os médicos a costurarem parte do couro cabeludo. “Parecia que tinham cortado com uma faca do centro da cabeça até o olho”, descreveu Anna ao programa ucraniano Hovoryt vsia kraina.



Devido ao coma e aos traumas, Maria perdeu parte da memória do ocorrido. Ainda assim, reconheceu os três suspeitos: Artyom Papazov (19), Alexander Laptinsky (28) e Aleksandra Mertsalova (19). Todos foram investigados pela polícia de Dubai, mas, segundo a mãe da modelo, o caso foi encerrado rapidamente e os envolvidos foram liberados no dia seguinte.



Recuperação lenta e medo constante



Após o trauma, Maria foi transferida para a Noruega, onde mora sua mãe, e continua sob cuidados médicos intensivos. Ainda com dificuldades para caminhar, a jovem vive escondida por medo de represálias. “Ela não conseguiu sair nem de casa ainda. Está com muito medo”, relatou Anna.



Maria passou por nove cirurgias e tem duas cicatrizes profundas no couro cabeludo. Apesar das dores físicas e emocionais, ela tenta reconstruir a memória do que aconteceu naquela noite. “Talvez tenha sido jogada, ou agredida até perder a consciência. Quando me dei conta, estava pedindo ajuda na rua”, disse a modelo.



Impunidade e ausência de provas agravam o caso



Maria denuncia que a polícia de Dubai aguardou a exclusão automática das imagens de segurança antes de agir, o que eliminou a possibilidade de provas visuais. “Três meses se passaram e nada foi feito. Esperaram até que as câmeras fossem apagadas”, lamentou.



Apesar das acusações contundentes e dos ferimentos evidentes, as autoridades locais consideraram as explicações dos suspeitos suficientes. Eles afirmaram que Maria teria ido à festa por vontade própria e que tentaram ajudá-la. Essa versão é negada com veemência pela vítima.



Histórico de festas polêmicas e silêncio institucional



Maria foi inicialmente vinculada, sem provas, a festas conhecidas como “Porta Potty”, nas quais mulheres jovens receberiam dinheiro para práticas sexuais extremas em Dubai. A modelo nega qualquer envolvimento com esse tipo de evento. Segundo ela, foi enganada por um jovem que prometeu ajudá-la a deixar o país.



O caso se junta a uma série de denúncias de abusos cometidos contra estrangeiras em festas privadas no Oriente Médio, muitas vezes abafadas por falta de provas ou por pressões políticas e diplomáticas. Até o momento, não há manifestações públicas das autoridades dos Emirados Árabes Unidos sobre o caso de Maria.




Maria Kovalchuk em recuperação na Noruega, usando cadeira de rodas após agressões sofridas em Dubai

Foto: Reprodução / Daily Star





Maria Kovalchuk é empurrada pela mãe durante passeio em estrada rural na Noruega, enquanto se recupera das agressões

Foto: Reprodução / Daily Star



Conclusão: um caso que clama por justiça



O caso de Maria Kovalchuk escancara a vulnerabilidade de mulheres estrangeiras em ambientes de luxo onde impera a impunidade. Mesmo com sinais claros de tortura e tentativa de homicídio, os suspeitos seguem livres e sem acusações formais. A jovem agora luta por justiça enquanto tenta retomar a própria vida, cercada por medo e sequelas permanentes.



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