Idosa vítima de maus-tratos em Ponta Grossa deve ser encaminhada para acolhimento
Fundação de Assistência Social informou que mulher de 64 anos, resgatada em situação de abandono, não deve voltar a morar com a família.

Idosa permanece internada em hospital de Ponta Grossa
Uma idosa de 64 anos, resgatada em situação de maus-tratos na última quinta-feira (28) em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, segue internada nesta segunda-feira (1º). De acordo com a Fundação de Assistência Social da cidade (FASPG), após receber alta médica, ela deve ser encaminhada para acolhimento institucional e não retornará ao convívio da família.
Segundo o Hospital Universitário Regional da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HU-UEPG), a mulher está no pronto atendimento de observação, em estado estável. A situação de abandono foi descoberta por uma agente de saúde que notou a ausência da paciente em consultas médicas e decidiu ir até sua residência no bairro Colônia Dona Luiza, acompanhada de uma médica. Diante do cenário encontrado, a Guarda Civil Municipal (GCM) foi acionada.
Como a idosa foi encontrada
A GCM informou que a idosa vivia sozinha em meio à sujeira, móveis quebrados e sem acesso a alimentos ou condições adequadas de higiene. A alimentação, segundo os vizinhos, vinha principalmente de doações feitas por uma moradora da região.
Durante a ação, uma sobrinha da idosa se apresentou como responsável por seus cuidados, mas acabou presa em flagrante. Ela recebeu liberdade provisória em audiência de custódia no dia seguinte.
Versões apresentadas à polícia
De acordo com o delegado Wesley Vinicius, a sobrinha alegou que visitava a tia diariamente para oferecer alimentação e medicamentos. No entanto, vizinhos relataram que as visitas aconteciam, no máximo, duas vezes por semana.
O delegado também informou que a mãe da suspeita, irmã da vítima, seria a responsável legal pelos cuidados, mas tem mais de 70 anos e enfrenta problemas de saúde, o que teria levado a filha a assumir a responsabilidade.
Segundo a GCM, o relato da vizinha foi fundamental para comprovar a situação de abandono, uma vez que era ela quem, voluntariamente, fornecia alimentação à idosa sem receber qualquer tipo de ajuda.
Investigação e próximos passos
A sobrinha foi indiciada por expor a integridade de pessoa idosa a perigo ou condição degradante, crime previsto no Estatuto do Idoso. O delegado Romeu Ferreira, que conduz o inquérito, afirmou que será solicitado o prontuário médico da vítima para avaliar se houve prejuízos permanentes à saúde ou indícios de outros crimes.
Já a FASPG reforçou que, após a alta hospitalar, a idosa será acolhida em uma instituição municipal, onde receberá acompanhamento médico, psicológico e social.
Segundo informações do Governo do Paraná, denúncias de maus-tratos contra idosos podem ser feitas pelo telefone 181 ou diretamente nas delegacias da Polícia Civil.
Reflexo para a comunidade
O caso chamou a atenção da população de Ponta Grossa para a importância da vigilância comunitária em situações de abandono e violência contra idosos. A atuação da agente de saúde, da vizinha e da Guarda Civil foi fundamental para o resgate da vítima.
A investigação segue em andamento, e novas informações devem ser divulgadas conforme o andamento do inquérito policial.
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