Na manhã desta Sabado(22), o Terminal do Hauer, na região sul de Curitiba, foi cenário de um grave acidente que deixou ao menos três pessoas feridas. Um motorista, que sofreu um mal súbito enquanto dirigia um veículo particular, perdeu o controle da direção, atravessou a calçada e invadiu a estrutura do terminal, atingindo pedestres que aguardavam ônibus.

Segundo informações preliminares divulgadas pela RICtv e confirmadas pela Polícia Militar, o incidente ocorreu por volta das 7h40, um dos horários de maior movimento no terminal. Câmeras de segurança da estação registraram o momento exato em que o carro branco rompeu a cerca lateral e invadiu a plataforma central.

O que se sabe até o momento

• O motorista do veículo, cuja identidade ainda não foi oficialmente divulgada, foi atendido no local por equipes do Siate e do Samu. Os socorristas relataram que ele sofreu um mal súbito, possivelmente um desmaio ou infarto, que resultou na perda de controle do veículo.


• Três pedestres foram atropelados, todos usuários do transporte coletivo que aguardavam ônibus no momento do impacto. Eles foram atendidos no local e encaminhados ao Hospital do Trabalhador. Até o momento, o estado de saúde das vítimas não foi detalhado oficialmente, mas duas delas teriam sofrido ferimentos moderados, e uma estava em observação.


• O terminal ficou parcialmente interditado por cerca de duas horas, até a remoção do veículo e a limpeza da área. Técnicos da Urbanização de Curitiba (Urbs) estiveram no local para avaliar os danos estruturais e acompanhar a liberação da plataforma.


• A Polícia Civil abriu inquérito para apurar as circunstâncias do ocorrido, incluindo a condição médica do condutor e eventuais falhas na sinalização ou proteção do terminal.

Testemunhas relatam pânico e correria

Diversos passageiros que estavam no terminal relataram momentos de pânico. “Eu só ouvi o barulho do carro batendo, todo mundo saiu correndo. Um senhor caiu no chão, estava com a perna sangrando”, contou Luciane Ribeiro, 34 anos, que aguardava o ônibus para o trabalho.

Outro usuário do terminal disse que o local estava cheio no momento do acidente: “Foi por pouco que não atingiu mais gente. Se fosse uns minutos antes, teria mais feridos com certeza”, relatou um estudante que estava na plataforma ao lado.

Debate: como proteger pedestres e garantir segurança nos terminais?

O acidente reacende uma discussão importante sobre a segurança nos terminais de ônibus de Curitiba. Apesar de boa parte das estruturas serem protegidas por cercas ou barreiras, casos como o do Terminal do Hauer mostram que, em situações extremas — como mal súbito, colisões ou fugas de controle — essas proteções podem não ser suficientes.

Especialistas em mobilidade urbana apontam que a cidade poderia adotar medidas mais robustas, como:

• Barreiras de concreto ou metal nos acessos laterais aos terminais;


• Sistemas de alerta emergencial e sinalização reforçada;


• Monitoramento contínuo da saúde de motoristas profissionais que atuam no transporte público ou privado.

Além disso, o caso também levanta questionamentos sobre políticas de saúde preventiva para motoristas, sejam eles profissionais ou não. O número de acidentes causados por mal súbito tem crescido em centros urbanos, segundo dados da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet). A entidade reforça a importância de exames médicos regulares e campanhas de conscientização sobre sinais de alerta no organismo.

Próximos passos

A Prefeitura de Curitiba, por meio da Urbs, deve emitir nota oficial nas próximas horas sobre o incidente. A administração municipal também poderá anunciar uma reavaliação das medidas de segurança nos terminais da cidade.

O motorista segue em observação médica, e familiares devem prestar depoimento à polícia para esclarecer seu histórico de saúde. O inquérito policial vai determinar se houve responsabilidade civil no caso.

✅ Conclusão

Embora o acidente no Terminal do Hauer tenha sido resultado de um evento inesperado e de natureza médica, ele escancara uma fragilidade nos sistemas de proteção em locais de alta circulação. Em um momento em que as cidades se tornam cada vez mais densas e conectadas, discutir segurança urbana — para além do crime — passa também por repensar estruturas físicas, políticas de saúde e cultura preventiva.

Seguiremos acompanhando o caso e atualizando a matéria conforme novas informações forem confirmadas pelas autoridades e hospitais.