Prefeitura de Curitiba intensifica fiscalização contra manobras perigosas de ciclistas
Campanha educativa e megaoperação buscam coibir uso indevido das canaletas de ônibus e salvar vidas na capital paranaense

Um comportamento arriscado e ilegal tem preocupado autoridades e moradores de Curitiba: o uso das canaletas exclusivas para ônibus por ciclistas e pedestres. Só em 2024, mais de 6 mil abordagens foram realizadas, revelando a dimensão do problema. Um dos maiores perigos é a prática da “rabeira” — quando ciclistas se agarram em ônibus em movimento, colocando vidas em risco. Tragicamente, um adolescente de 14 anos perdeu a vida recentemente praticando essa manobra.
Diante disso, a Prefeitura de Curitiba mobilizou uma megaoperação para coibir tais condutas e proteger a vida de quem circula pela cidade.
Megaoperação nas canaletas: onde e como está ocorrendo
As ações estão concentradas em locais de grande fluxo, como as canaletas das ruas Sete de Setembro e Avenida República Argentina, especialmente nas imediações da Praça do Japão. A operação reúne equipes da Urbanização de Curitiba (Urbs), da Superintendência de Trânsito (Setran) e da Guarda Municipal, que atuam em conjunto para orientar e fiscalizar.
Números da operação:
8 ações conjuntas em 2024
6.456 abordagens a pedestres, ciclistas e condutores
4.156 ciclistas orientados por ações educativas
156 ações específicas com foco em 12.566 pedestres
Esses números demonstram o esforço da administração municipal em tornar o trânsito mais seguro e ordenado.
“Rabeira”: manobra que preocupa e mata
Entre os comportamentos mais perigosos identificados está a “rabeira”, prática que consiste em ciclistas se segurarem nos ônibus em movimento. A manobra, além de ilegal, é extremamente arriscada e já causou vítimas fatais.
Caso recente:
Um adolescente de apenas 14 anos morreu após ser atingido por um ônibus enquanto fazia rabeira. O episódio chocou a cidade e acelerou as medidas de fiscalização e educação no trânsito.
O prefeito Eduardo Pimentel anunciou o reforço nas ações preventivas e repressivas, além de campanhas voltadas especialmente aos jovens, grupo mais vulnerável à prática.
Campanhas educativas ganham força
Além da repressão, a Prefeitura aposta na conscientização. A ABC Trânsito tem atuado com foco em educação e orientação, abordando diretamente ciclistas e pedestres sobre os perigos das canaletas.
Principais mensagens das campanhas:
Canaletas são exclusivas para ônibus.
O uso indevido representa risco real de morte.
Alternativas seguras existem, como ciclovias e ciclofaixas.
As campanhas acontecem em pontos estratégicos da cidade e contam com apoio de escolas, empresas e comunidades locais.
Treinamento de motoristas: parte da solução
A Urbs também intensificou o treinamento de direção defensiva para os mais de 2.800 motoristas das operadoras de transporte coletivo da cidade.
Essa medida visa preparar os condutores para lidar com situações inesperadas, como a presença indevida de pedestres e ciclistas nas canaletas.
“Segurança no trânsito é responsabilidade compartilhada. Todos têm um papel”, reforça a direção da Urbs.
Por que as canaletas são exclusivas para ônibus?
As canaletas foram projetadas para garantir fluidez e agilidade ao transporte coletivo. A presença de bicicletas ou pedestres nesses corredores:
Aumenta o risco de acidentes fatais;
Prejudica o tempo de viagem dos ônibus;
Causa insegurança tanto para passageiros quanto para motoristas.
Por isso, a circulação de ciclistas e pedestres nesses espaços é proibida por lei.
A importância de um trânsito mais humano e seguro
Com o aumento da mobilidade ativa (uso de bicicletas e caminhadas), é fundamental garantir espaços seguros para todos. Curitiba possui mais de 250 km de ciclovias e ciclofaixas, e continua expandindo essa malha.
A convivência entre modais só é possível com respeito às regras e aos espaços definidos para cada um.
Conclusão
A megaoperação nas canaletas de Curitiba é mais do que uma ação de fiscalização: é um chamado à consciência coletiva. Com educação, engenharia e esforço conjunto, a cidade avança rumo a um trânsito mais seguro para todos.
A perda de uma vida jovem por uma manobra arriscada serve como alerta urgente. A meta da Prefeitura é clara: tolerância zero para comportamentos que colocam vidas em risco.
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