Amigo e executor são condenados por homicídio de empresário em Curitiba
Mandante pagou R$ 4,5 mil pelo crime; vítima foi encontrada degolada dentro de uma BMW no bairro Bom Retiro.

O Tribunal do Júri de Curitiba condenou, na última quinta-feira (8), dois homens pelo homicídio do empresário Rafael Machado de Jesus, de 47 anos. O crime, ocorrido em setembro de 2023, chocou a comunidade local pela brutalidade e pelo envolvimento de um amigo próximo da vítima como mandante do assassinato.
O Crime
O homicídio ocorreu em 1º de setembro de 2023, na residência de Rafael, localizada no bairro Bom Retiro, em Curitiba. A vítima foi encontrada degolada dentro de um veículo BMW, após ter sido morta em sua própria casa. O empresário foi encontrado morto pelo pai e filho, apresentando diversos ferimentos provocados por faca. A polícia acredita que o corpo tenha sido transportado até o carro com a intenção de levá-lo para outro local, dificultando as investigações.
A Investigação
As investigações apontaram que Ezequiel, responsável pela execução, foi contratado por Amauri, amigo da vítima há mais de 25 anos. Segundo a defesa de Amauri, o crime teria sido motivado por supostos abusos cometidos por Rafael contra a filha do mandante. Entretanto, a polícia não encontrou evidências que comprovassem essa versão. A filha de Amauri foi ouvida e negou ter sofrido abusos, mencionando apenas um episódio de assédio. Além disso, a investigação levantou a hipótese de que o homicídio pudesse estar relacionado ao tráfico de drogas.
Condenação
Na decisão do Tribunal do Júri, Ezequiel foi condenado a 19 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado: motivo torpe, meio que impossibilitou a defesa da vítima e crime mediante pagamento. Amauri, apontado como mandante, foi condenado a 12 anos de reclusão pelo mesmo crime.
Repercussão Local
O caso gerou grande comoção em Curitiba, especialmente pela relação de amizade entre a vítima e o mandante. A condenação foi recebida com alívio pela família de Rafael, que esperava por justiça desde o trágico ocorrido. Organizações locais têm discutido o impacto da violência urbana e a necessidade de medidas preventivas para garantir a segurança na capital paranaense.
Conclusão
O caso de Rafael Machado de Jesus reforça a complexidade das relações interpessoais e como conflitos pessoais podem levar a tragédias. A justiça foi feita, mas a dor da perda permanece para os familiares e amigos da vítima.
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