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Curitiba,17/05/2025

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    BR-376: Justiça condena DNIT a indenizar servidora por acidente causado por buraco no asfalto

    Decisão reforça responsabilidade do órgão federal por má conservação de rodovias no Paraná; caso ocorreu entre Maringá e Iguatemi

    G1 Paraná
    BR-376: Justiça condena DNIT a indenizar servidora por acidente causado por buraco no asfalto Moto caída às margens da BR-376, em trecho entre Maringá e Iguatemi, onde acidente ocorreu devido a buraco no asfalto — Foto: Arquivo pessoal / Reprodução RPC

    Indenização reconhece falha na manutenção de rodovia federal no Paraná


    Em março de 2023, a servidora pública Wanessa Trentin viveu um episódio traumático ao transitar de moto com o marido pela BR-376, no trecho entre Maringá e o distrito de Iguatemi, no norte do Paraná. O casal sofreu um acidente ao atingir um buraco aberto no asfalto da rodovia federal, que estava em más condições de conservação.


    Dois anos depois, a Justiça Federal decidiu que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) deverá indenizar a vítima em R$ 14,5 mil — valor que ainda será corrigido até o momento do pagamento.




    O que diz a decisão judicial?


    A decisão foi publicada na quinta-feira (15) pelo juiz relator Gerson Luiz Rocha, da Justiça Federal. O magistrado confirmou a sentença de primeira instância que já havia concedido ganho de causa à servidora. Mesmo após o recurso interposto pelo DNIT, a condenação foi mantida, negando novos recursos.


    Dos R$ 14,5 mil definidos como indenização:




    • R$ 8,5 mil correspondem a danos materiais (principalmente pela perda e conserto da moto);




    • R$ 6 mil referem-se a danos morais, pelas consequências físicas e emocionais sofridas pela vítima.




    A decisão ainda não transitou em julgado, ou seja, ainda cabe recurso dentro de prazos legais, mas os efeitos da condenação já indicam a responsabilização do órgão pela má conservação da via.




    Como foi o acidente na BR-376


    Em março de 2023, Wanessa e seu marido se deslocavam pela BR-376 quando passaram por um trecho comprometido por buracos profundos no asfalto. Sem visibilidade adequada e diante da ausência de sinalização, a moto foi surpreendida pelo buraco, o que causou a queda do casal e ferimentos nos dois.


    Além dos danos físicos, o veículo teve prejuízos significativos. A partir disso, Wanessa decidiu buscar responsabilização na Justiça, acionando o DNIT por falha no dever de manutenção da via federal.




    Reação e orientações jurídicas


    O advogado Juliano Lavandoski, que atuou na defesa de Wanessa, destaca a importância de reunir provas no momento de sinistros semelhantes:



    "A orientação é de que a pessoa fotografe o local, faça filmagens e, na sequência, registre boletim de ocorrência, demonstrando o local e data do acidente. Se possível, reunir testemunhas. Com esses documentos, a vítima pode entrar com ação judicial requerendo indenização por danos materiais e morais."



    Esse tipo de ação judicial, segundo especialistas, reforça a pressão sobre órgãos públicos responsáveis pela malha rodoviária e pode abrir precedentes para outros cidadãos que enfrentem situações semelhantes.




    Impacto para motoristas do Paraná


    A BR-376 é uma das principais rodovias que cortam o norte do Paraná e conecta regiões importantes como Maringá, Paranavaí e Londrina. Com grande fluxo diário, especialmente de veículos pesados, a conservação da pista é essencial para a segurança dos motoristas.


    O caso de Wanessa expõe uma realidade conhecida por muitos paranaenses: o risco constante em estradas federais mal conservadas. Além da insegurança, motoristas relatam prejuízos financeiros com pneus estourados, suspensões danificadas e atrasos.




    Outros casos semelhantes


    Essa não é a primeira vez que acidentes causados por buracos nas estradas resultam em processos judiciais no estado. Em diferentes trechos do Paraná, há registros de decisões favoráveis a motoristas que conseguiram comprovar negligência na conservação das vias.


    Esses casos reforçam a jurisprudência favorável à população, principalmente quando há provas claras da ausência de manutenção ou de sinalização preventiva.




    Como agir em casos semelhantes


    Para quem passa por uma situação parecida, especialistas recomendam os seguintes passos:




    1. Registrar fotos e vídeos do buraco, do acidente e dos danos ao veículo;




    2. Fazer boletim de ocorrência, preferencialmente no mesmo dia;




    3. Reunir testemunhas que presenciaram o ocorrido;




    4. Guardar recibos e orçamentos de conserto;




    5. Procurar assistência jurídica especializada para ingressar com ação judicial.




    A atenção a esses detalhes pode fazer toda a diferença na hora de reivindicar indenizações.




    Próximos passos no processo


    Embora a decisão favorável a Wanessa Trentin represente uma vitória importante, o pagamento ainda depende do trânsito em julgado — quando não houver mais possibilidade de recursos por parte do DNIT.


    O valor também será atualizado monetariamente até a data efetiva do pagamento, como determinado pela Justiça Federal.


    Até o momento, o DNIT não se manifestou oficialmente sobre o caso. A equipe de reportagem do g1 e da RPC segue aguardando retorno do órgão.




    Reflexões e importância regional


    O caso de Wanessa não é isolado. Ele lança luz sobre uma problemática constante nas estradas do Paraná, em especial em trechos federais como a BR-376, BR-277 e BR-369. A falta de manutenção adequada, aliada à burocracia na responsabilização, torna o cotidiano mais perigoso para milhares de motoristas.


    Mais do que um episódio judicial, a condenação ao DNIT pode representar um alerta para que os investimentos em infraestrutura sejam priorizados, principalmente em corredores logísticos que ligam cidades-chave do estado.


    Em Maringá e região, onde o agronegócio e a indústria dependem diretamente do transporte rodoviário, manter estradas em boas condições é vital para a segurança e para o desenvolvimento econômico local.




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