Operação da Polícia Civil do Paraná mira grupo suspeito de golpes e lavagem de dinheiro
Megaoperação mobiliza mais de 500 agentes em nove estados; vítimas são do Paraná, principalmente em Curitiba

Megaoperação prende chefes de organização criminosa que aplicava golpes eletrônicos
A Polícia Civil do Paraná (PC-PR) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (3), uma megaoperação nacional contra um grupo criminoso suspeito de aplicar golpes eletrônicos e lavar dinheiro. A ação mobilizou mais de 500 policiais civis em nove estados e cumpriu 189 mandados judiciais, sendo 57 de prisão e 132 de busca e apreensão.
Segundo a corporação, os líderes da quadrilha, considerados os "autores intelectuais" do esquema, foram presos em São Paulo. As investigações apontam que o grupo causou prejuízos superiores a R$ 5,4 milhões a vítimas, principalmente em Curitiba e outras cidades do Paraná.
As apurações começaram há dois anos e revelaram que os criminosos utilizavam diferentes métodos para acessar contas bancárias. Em seguida, os valores eram pulverizados em várias contas para dificultar o bloqueio e o rastreamento.
O que aconteceu durante a operação
De acordo com o delegado Emmanoel David, que coordena as investigações, a operação conseguiu desarticular a estrutura financeira da organização.
“Mapeamos a organização, identificamos os líderes e rastreamos o caminho do dinheiro obtido com os golpes. Esse trabalho minucioso foi fundamental para chegarmos a esta fase da operação”, afirmou.
As ações foram realizadas em Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Goiás, Pará, Tocantins e Maranhão. Entre as cidades alvo dos mandados estão Porto Alegre (RS), Joinville (SC), Ribeirão Preto (SP), São Gonçalo (RJ), Samambaia (DF), Planaltina (GO), Marabá (PA), Palmas (TO) e Imperatriz (MA).
Até a publicação desta reportagem, a PC-PR ainda não havia divulgado o número oficial de prisões e apreensões efetuadas nesta quarta-feira.
Como a população foi impactada
As vítimas dos golpes estavam concentradas principalmente no Paraná, especialmente em Curitiba. Moradores que tiveram as contas bancárias invadidas relataram perdas expressivas e dificuldades para reaver os valores.
Segundo a polícia, os criminosos usavam engenharia social, invasões de aplicativos de bancos e transferências fracionadas para dificultar a detecção dos crimes.
A complexidade da rede criminosa exigiu cooperação entre diferentes estados e o uso de tecnologia avançada de rastreamento financeiro. Esse tipo de golpe tem crescido em todo o Brasil, exigindo atenção redobrada de consumidores e instituições financeiras. Segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), fraudes eletrônicas têm registrado aumento significativo nos últimos anos.
O que dizem as autoridades
A Polícia Civil do Paraná reforçou que a operação representa um marco no combate a crimes digitais de grande escala.
“O trabalho mostra a importância da cooperação entre forças policiais de diferentes estados e o uso de inteligência investigativa. Essa quadrilha atuava de maneira sofisticada e já havia lesado centenas de pessoas”, destacou o delegado responsável.
O Ministério Público também acompanha as investigações para oferecer denúncias formais contra os envolvidos, com base nas provas coletadas.
Próximos passos e possíveis consequências
Agora, a PC-PR deve aprofundar a análise do material apreendido para identificar novos integrantes da organização criminosa. A expectativa é que os dados colhidos em celulares, computadores e documentos levem a novos desdobramentos.
Além das prisões, os bens apreendidos poderão ser usados para ressarcir parcialmente as vítimas. A investigação segue em sigilo, mas a polícia não descarta novas fases da operação nos próximos meses.
Em Curitiba e em todo o Paraná, o caso reforça a necessidade de medidas de proteção contra crimes digitais, além da cooperação entre instituições para frear organizações criminosas interestaduais.
Conclusão
A megaoperação da Polícia Civil do Paraná demonstra a amplitude das fraudes eletrônicas que atingem moradores de Curitiba e de várias regiões do país. O desmonte da quadrilha é um passo importante, mas especialistas alertam que a prevenção e a educação digital continuam sendo as principais armas contra esse tipo de crime.
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