Operação da Polícia Civil do Paraná mira grupo suspeito de golpes e lavagem de dinheiro
Megaoperação cumpre 189 mandados em nove estados e no DF; grupo é acusado de causar prejuízo de R$ 5 milhões invadindo contas bancárias de empresas e pessoas físicas.

Uma megaoperação da Polícia Civil do Paraná, deflagrada na manhã desta quarta-feira (3), teve como alvo um grupo suspeito de aplicar golpes eletrônicos e lavagem de dinheiro em diversos estados do país. Segundo a investigação, a quadrilha causou um prejuízo de ao menos R$ 5 milhões a vítimas que tiveram contas bancárias invadidas.
A ação cumpriu 189 mandados judiciais, sendo 57 de prisão e 132 de busca e apreensão, em nove estados e no Distrito Federal. Entre os alvos, estão integrantes que operavam a parte financeira da organização em Ribeirão Preto (SP), de onde partiam os desvios.
De acordo com a Polícia Civil, a quadrilha atuava desde 2023, utilizando diferentes métodos para acessar contas bancárias e pulverizar os valores roubados em contas de “laranjas”, dificultando o bloqueio e rastreamento.
O que aconteceu na operação
A operação coordenada pelo Núcleo de Combate aos Cibercrimes (Nuciber) do Paraná envolveu agentes em diversos estados, incluindo Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Pará, Tocantins, Maranhão e Distrito Federal.
Segundo o delegado Emmanoel David, os líderes da quadrilha, apontados como “autores intelectuais” dos golpes, foram presos. “Mapeamos a organização, identificamos os líderes e rastreamos o caminho do dinheiro obtido com os golpes. Esse trabalho minucioso foi fundamental para chegarmos a esta fase da operação”, afirmou.
Como a quadrilha agia
O núcleo financeiro operava a partir de Ribeirão Preto (SP), onde criminosos invadiram contas bancárias, incluindo as de duas redes de postos de combustíveis do Paraná, desviando grandes quantias.
A investigação revelou que, após os acessos ilegais, o dinheiro era rapidamente transferido para diversas contas de terceiros, dificultando a atuação do sistema bancário e das autoridades. Essa pulverização fazia parte da estratégia de lavagem de dinheiro, prática comum em esquemas de fraude financeira.
Segundo especialistas, esse tipo de golpe tem crescido no país. Dados recentes do Banco Central apontam aumento de tentativas de fraude digital em operações financeiras (veja nota oficial do BC aqui).
Impacto para as vítimas
O prejuízo total já identificado ultrapassa R$ 5 milhões, valor que pode aumentar com o avanço das investigações. As vítimas incluem empresas do setor de combustíveis e pessoas físicas, que tiveram suas economias esvaziadas sem autorização.
Além da perda financeira, muitos dos prejudicados enfrentam dificuldades para reaver os valores e dependem de medidas judiciais para eventual ressarcimento. Advogados especializados lembram que casos como esse podem levar meses para serem resolvidos, mesmo após a prisão dos suspeitos.
Próximos passos da investigação
Com a prisão dos principais líderes, a Polícia Civil do Paraná pretende aprofundar o rastreamento do fluxo financeiro do grupo e identificar outros possíveis envolvidos.
Segundo o delegado responsável, novos desdobramentos devem ocorrer nas próximas semanas, incluindo o bloqueio de contas bancárias e a análise de dispositivos eletrônicos apreendidos.
As investigações seguem em sigilo para não comprometer futuras diligências. A Polícia Civil reforça que vítimas de golpes digitais devem registrar boletim de ocorrência o quanto antes para auxiliar na apuração.
Conclusão
A operação da Polícia Civil do Paraná representa um importante avanço no combate ao cibercrime e à lavagem de dinheiro no Brasil. O caso evidencia a sofisticação de grupos criminosos que atuam de forma interestadual, utilizando tecnologia para dificultar o rastreamento das fraudes.
As autoridades agora concentram esforços em identificar todas as ramificações da quadrilha e buscar a recuperação dos valores desviados, reforçando a necessidade de maior proteção digital para empresas e cidadãos.
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