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Delegada e marido sob suspeita em morte de gari em Belo Horizonte

Mensagens revelam últimos contatos entre Renê da Silva Nogueira Júnior e a delegada Ana Paula Balbino após o crime; investigações seguem em andamento

Portal de Noticias de Curitiba
Delegada e marido sob suspeita em morte de gari em Belo Horizonte Renê da Silva Nogueira Júnior, indiciado por homicídio em Belo Horizonte – Foto: Arquivo pessoal

O caso que abalou Belo Horizonte

A morte do gari Laudemir de Souza Fernandes, em Belo Horizonte, segue sob intensa investigação da Polícia Civil de Minas Gerais. O principal suspeito é Renê da Silva Nogueira Júnior, que foi indiciado por homicídio qualificado, com agravantes de motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima. A pena, segundo os investigadores, pode chegar a 35 anos de prisão.

Além de Renê, sua esposa, a delegada Ana Paula Balbino Nogueira, também entrou na mira das autoridades. Mensagens trocadas entre o casal no dia do crime foram incluídas no inquérito e revelam momentos de tensão após o assassinato.


O que dizem as mensagens analisadas pela polícia

Segundo o inquérito, as últimas mensagens enviadas por Renê para o celular da esposa não tiveram resposta. Às 16h27, já abordado por policiais militares em uma academia, o suspeito pediu para que Ana Paula entregasse às autoridades a arma de uso profissional dela, e não “a outra”.

A perícia apontou que a “outra” arma citada, de uso pessoal da delegada, foi justamente a que disparou contra o gari. Pouco depois, às 16h52, Renê enviou sua última mensagem: “amor eu não fiz nada” e “estava no lugar errado e na hora errada”.

Horas antes, ele já havia feito pesquisas em redes sociais e sites de notícias sobre a morte de um gari em Betim, demonstrando ciência do ocorrido, segundo os investigadores.


Delegada também sob investigação

Embora não haja confirmação sobre o conteúdo das ligações entre o casal no dia do crime, a polícia afirma que Ana Paula tinha conhecimento de que Renê tinha acesso frequente à sua arma. Por isso, ela foi indiciada por porte ilegal de arma de fogo, crime que prevê pena de 2 a 4 anos de prisão, podendo ser aumentada em até 50% por envolver uma servidora pública.

Além da esfera criminal, a Corregedoria da Polícia Civil instaurou um procedimento disciplinar para apurar a conduta da delegada, que está afastada do cargo desde o dia 13, alegando motivos de saúde.


Impacto e repercussão do crime

A morte de Laudemir de Souza Fernandes causou grande comoção em Belo Horizonte, principalmente entre colegas de trabalho e moradores da região. O caso ganhou repercussão nacional pela gravidade das acusações e pelo envolvimento de uma autoridade policial.

Procurada, a defesa de Renê ainda não se manifestou oficialmente após o indiciamento. Em declarações anteriores, o advogado afirmou que aguardaria um posicionamento do Ministério Público sobre um pedido de reconstituição do crime. Já a defesa da delegada não foi localizada até o fechamento desta reportagem.


Próximos passos das investigações

O inquérito conduzido pela Polícia Civil deve ser encaminhado ao Ministério Público nos próximos dias, que decidirá se oferecerá denúncia formal contra Renê e Ana Paula. A expectativa é de que novas diligências, incluindo análise pericial detalhada e possível reconstituição do crime, tragam mais clareza ao caso.

Enquanto isso, a corregedoria continua apurando possíveis violações administrativas cometidas pela delegada. A sociedade mineira aguarda respostas, e familiares da vítima esperam justiça diante da brutalidade do crime.


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