Governo lança fórum para fortalecer políticas de saúde da mulher
Iniciativa reúne sociedade civil e governo em debates sobre saúde integral das mulheres, equidade e combate à violência.
Lançamento do Fórum de Mulheres na Saúde, na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em Brasília, com a presença dos ministros Alexandre Padilha e Márcia Lopes, além de representantes de movimentos sociais e lideranças femininas. — Ministros Alexandre Padilha e Márcia Lopes lançam o Fórum de Mulheres na Saúde, espaço de diálogo permanente para fortalecer políticas públicas voltadas à saúde feminina no SUS.
📍 Brasília —
Os ministros Alexandre Padilha (Saúde) e Márcia Lopes (Mulheres) lançaram nesta terça-feira (28), em Brasília, o Fórum de Mulheres na Saúde, um espaço de debate permanente e construção coletiva de políticas públicas voltadas à saúde integral das mulheres.
A cerimônia foi realizada na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e contou com a presença de representantes de movimentos sociais, profissionais de saúde, ativistas e lideranças comunitárias.
💬 “A saúde da mulher é prioridade absoluta”, diz Padilha
Durante o lançamento, o ministro Alexandre Padilha destacou que o fórum reforça o compromisso do governo federal com a equidade de gênero e com a valorização da presença feminina no Sistema Único de Saúde (SUS).
“Quem mais usa o SUS são as mulheres, seja para o próprio cuidado ou para acompanhar familiares. Elas também são a maioria entre os profissionais de saúde — 75% no SUS e 65% na rede pública e privada. Por isso, a saúde da mulher precisa ser prioridade absoluta”, afirmou o ministro.
🌷 Participação social e diversidade de vozes
A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, ressaltou que o fórum permitirá ouvir e incorporar as experiências de diferentes grupos sociais, garantindo que as políticas públicas reflitam as realidades locais.
“Nos estados e municípios há grupos e movimentos que conhecem de perto a realidade das mulheres e têm respostas para os desafios do território. O fórum nasce para articular essas vozes”, afirmou.
Entre os temas que serão debatidos estão:
Saúde sexual e reprodutiva;
Atenção ao parto e pós-parto;
Menopausa e saúde menstrual;
Saúde mental;
Violência de gênero;
Prevenção de câncer e doenças crônicas.
A primeira reunião do fórum está marcada para janeiro de 2026.
🤝 Mulheres apoiam e compartilham experiências
Presente ao evento, Lu Alckmin, esposa do vice-presidente Geraldo Alckmin, destacou o papel do diálogo e da escuta para fortalecer políticas de gênero.
A ativista Luiza Brunet classificou o fórum como um canal de comunicação essencial entre a sociedade civil e o governo.
“Quando a mulher é cuidada, ela sofre menos violência. Precisamos também educar os homens para que respeitem e confiem em suas companheiras”, declarou.
Já MC Lis, representante do movimento hip-hop, pediu que o fórum valorize as ações já existentes nas comunidades.
“Não é preciso reinventar a roda. É importante reconhecer os movimentos locais que já trabalham pela saúde das mulheres”, disse.
A catadora Aline Sousa, do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), lembrou que 80% da força de trabalho do setor é composta por mulheres, sendo 72% negras.
“A reciclagem também é saúde pública. Nosso trabalho tem impacto direto no meio ambiente e na vida das pessoas”, destacou.
🩺 Políticas e programas já em andamento
A secretária de Atenção Primária à Saúde, Ana Luiza Caldas, apresentou ações do governo voltadas à saúde feminina:
Programa Dignidade Menstrual — Distribuição gratuita de 392 milhões de absorventes higiênicos para 3,7 milhões de mulheres e meninas, com investimento de R$ 195 milhões;
Rede Alyne — Aporte de R$ 1,2 bilhão para atenção materna e infantil;
Salas Lilás — Espaços de acolhimento e atendimento a mulheres vítimas de violência.
🧭 Um espaço de escuta e construção
O Fórum de Mulheres na Saúde terá caráter consultivo e propositivo, funcionando como instância permanente de diálogo entre sociedade civil e governo federal.
A iniciativa é coordenada pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério das Mulheres e apoio da Opas.




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