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✨ Universidade de Harvard homenageia Marielle Franco com maior honraria nos Estudos Afro-Americanos

Marielle Franco será homenageada com a Medalha W.E.B. Du Bois 2025 da Universidade de Harvard, maior distinção nos Estudos Afro-Americanos.

Agência Brasil
✨ Universidade de Harvard homenageia Marielle Franco com maior honraria nos Estudos Afro-Americanos foto Mídia NINJA

Marielle Franco será homenageada por Harvard com a Medalha W.E.B. Du Bois de 2025


A ativista brasileira Marielle Franco, assassinada em 2018, será homenageada com a Medalha W.E.B. Du Bois de 2025 pela Universidade de Harvard. A cerimônia acontece nesta terça-feira (4), nos Estados Unidos. Marielle será a primeira brasileira e segunda latino-americana a receber a mais alta distinção da instituição no campo dos Estudos Africanos e Afro-Americanos, concedida pelo Instituto de Pesquisas Afrolatino-Americanas de Harvard (ALARI).




Um legado de resistência que atravessa fronteiras


A Medalha W.E.B. Du Bois é concedida a indivíduos cujas trajetórias fortalecem o legado cultural, intelectual e político das populações africanas e afrodescendentes ao redor do mundo. Além de Marielle, também serão homenageados em 2025 nomes como o deputado americano James E. Clyburn, a bailarina Misty Copeland, a atleta Brittney Griner, o cineasta Spike Lee, o autor George M. Johnson e a artista Amy Sherald.


A homenagem reconhece não apenas o impacto político de Marielle, mas também sua contribuição ao pensamento afro-diaspórico. A premiação traz à tona a importância do ativismo interseccional e da produção intelectual que nasce da luta por justiça social.




Quem foi Marielle Franco: da Maré ao mundo


Nascida no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, Marielle foi uma das principais vozes contra a violência policial, o racismo institucional e em defesa das mulheres negras, LGBTQIA+ e das comunidades periféricas. Em 2016, foi eleita vereadora do Rio pelo PSOL e presidiu a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Câmara Municipal.


Marielle havia sido convidada para um simpósio no ALARI em 2018, seis semanas antes de ser assassinada. Segundo o diretor do instituto, Alejandro de la Fuente, "foi porque mulheres como ela desafiaram e transformaram as estruturas de poder, enfrentando o racismo, o sexismo e a LGBTQIA+fobia, que sua preciosa vida foi tirada. Mas seus assassinos fracassaram. Marielle esteve conosco no ALARI, e nunca mais saiu daqui."




Condenações, mandantes e a luta por justiça


Após anos de investigação, os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram condenados em outubro de 2024. Lessa, autor dos disparos, recebeu pena de 78 anos de prisão, enquanto Élcio, que dirigia o carro, foi condenado a 59 anos. Ambos foram responsabilizados por duplo homicídio triplamente qualificado e tentativa de homicídio.


As investigações apontaram que os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão foram os mandantes do crime, contratando matadores de aluguel. O então chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, é acusado de planejar e encobrir o assassinato. Os três respondem a ação penal no STF, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, que já concluiu as audiências com testemunhas, mas ainda não marcou data para o julgamento final.




O impacto internacional e a força da memória


A concessão da Medalha W.E.B. Du Bois a Marielle reforça sua importância como símbolo global da resistência negra, especialmente na América Latina. Harvard reconhece não apenas a trajetória política de Marielle, mas também sua contribuição à produção intelectual afro-latino-americana.


O ALARI, primeira instituição acadêmica nos EUA dedicada ao estudo das populações afrodescendentes na América Latina e Caribe, celebra em Marielle um exemplo de como a militância pode produzir conhecimento, mobilizar estruturas e transcender fronteiras.




Uma homenagem que transcende a morte


Marielle Franco continua sendo símbolo de coragem e justiça. O reconhecimento internacional reforça a urgência de esclarecer por completo os responsáveis pelo seu assassinato, e destaca a relevância de seu legado para os estudos sobre raça, poder e resistência.



❓ Você acredita que esse reconhecimento internacional pode acelerar a justiça no caso Marielle?




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