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Do folclore à COP30: Curupira vira símbolo da Amazônia e do clima

🌿 Curupira é escolhido como símbolo da COP30, em homenagem à proteção das florestas brasileiras

Portal Noticias Curitiba
Do folclore à COP30: Curupira vira símbolo da Amazônia e do clima Ilustração do Curupira, símbolo da COP30, cercado por elementos da flora brasileira. — Imagem: Divulgação / COP30



Guardião mítico das florestas, o Curupira representa o compromisso do Brasil com a preservação ambiental e é o primeiro mascote oficial da história das Conferências do Clima da ONU.


No coração da floresta, longe das cidades e dos campos, vive um pequeno ser de cabelos vermelhos e pés virados para trás, conhecido por proteger a natureza e punir quem a destrói. Este é o Curupira, uma das figuras mais conhecidas do folclore brasileiro — e agora, símbolo oficial da COP30, que será realizada em 2025 em Belém (PA).

A organização da conferência escolheu o personagem como ícone da identidade visual do evento, destacando o compromisso do Brasil com a preservação das florestas e com o combate às mudanças climáticas.

O Curupira representa a dualidade da relação entre humanos e natureza: para quem destrói, ele é um demônio da mata; para quem protege, é um guardião e aliado. Segundo a lenda, o ser mágico engana invasores com pegadas invertidas e atrai os que exploram a floresta com gritos falsos de socorro, fazendo-os se perder no mato.


📜 Primeira menção histórica

O registro mais antigo sobre o Curupira foi feito em 1560, pelo padre José de Anchieta, em uma carta que descreve “certos demônios” conhecidos pelos povos indígenas. O relato, citado por Luís da Câmara Cascudo no Dicionário do Folclore Brasileiro, mostra como o personagem já fazia parte do imaginário popular desde os primeiros séculos da colonização.

O nome vem do tupi-guarani:



  • curumim=menino




  • pira=corpo

    Ou seja, “corpo de menino”, referência à sua aparência travessa e infantil.




🌎 Um símbolo amazônico com alcance global

A identidade visual da COP30, lançada em julho de 2025, traz o Curupira como símbolo da conexão entre o Brasil e a floresta amazônica, representando a necessidade de proteger o bioma e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Em setembro, o personagem apareceu pela primeira vez em público, como mascote do evento no desfile de 7 de Setembro, em Brasília — a primeira vez na história que uma Conferência do Clima da ONU tem um mascote oficial.


🌱 Símbolos de COPs anteriores

Desde a ECO-92, no Rio de Janeiro, as conferências do clima adotam identidades visuais com referências locais.



  • COP29 (2024) – Azerbaijão: usou o motivo buta, com cinco folhas interligadas representando flora, fauna, água, energia e o universo.




  • COP30 (2025) – Brasil: traz o Curupira, reafirmando o protagonismo do país na agenda ambiental global e a simbologia das florestas vivas como fonte de equilíbrio climático.
























🎧 Série Rádio Agência Explica – COP30

No quinto episódio, especialistas detalham como funcionam os debates e acordos nas Conferências do Clima e como o Brasil se prepara para sediar a COP30 em Belém.




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