Amazônia Legal teve uma redução de 11,08% no desmatamento em um ano
Governo atribui redução à retomada do Fundo Amazônia e ao reforço das ações de fiscalização antes da COP 30
Vista aérea de área reflorestada na Amazônia. Legenda: Área reflorestada em município do Pará após operações de fiscalização. — Foto: Ibama / Divulgação Desmatamento na Amazônia Legal cai 11% entre 2024 e 2025 e chega ao terceiro menor patamar desde 1988, segundo o Inpe; fiscalização e Fundo Amazônia impulsionaram resultado.
🌱 Introdução (Lide)
O desmatamento na Amazônia Legal caiu 11,08% entre agosto de 2024 e julho de 2025, alcançando o terceiro menor nível desde o início do monitoramento, em 1988. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam uma área de quase 5,8 mil km² de floresta desmatada, confirmando a tendência de queda observada nos últimos três anos.
🔍 Redução acumulada e impacto ambiental
De acordo com a ministra Marina Silva, desde o início do governo Lula, o desmatamento na Amazônia já teve redução acumulada de 50%. Segundo ela, o resultado representa não apenas um avanço ambiental, mas também um alívio climático: cerca de 734 milhões de toneladas de CO₂ deixaram de ser emitidas desde 2022 — o equivalente às emissões somadas de Espanha e França naquele ano.
“Estamos vendo uma reversão histórica. A política ambiental voltou a ser uma prioridade nacional”, afirmou Marina Silva.
💰 Investimentos e programas sustentáveis
O secretário extraordinário André Lima destacou que os 70 municípios prioritários do programa União com Municípios pela Redução do Desmatamento e Incêndios Florestais na Amazônia receberam quase R$ 800 milhões em investimentos. O objetivo, segundo ele, é impulsionar o desenvolvimento sustentável e reduzir a dependência de atividades ilegais.
“Os resultados foram surpreendentes. Municípios que estavam entre os maiores desmatadores hoje figuram entre os que mais reduziram o desmate”, declarou Lima.
A queda foi anunciada dez dias antes da COP 30, a Conferência do Clima de Belém, e reforça a estratégia do governo de apresentar resultados concretos em sustentabilidade diante da comunidade internacional.
🚨 Fiscalização reforçada e Fundo Amazônia reativado
A reativação do Fundo Amazônia, paralisado entre 2019 e 2023, quadruplicou o investimento médio em fiscalização. O aporte financeiro fortaleceu as operações do Ibama, da Polícia Federal e dos Corpos de Bombeiros da região.
Segundo o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, o número de ações subiu de 14 mil (2020–2022) para 25 mil (2023–2025) — um aumento de 80%.
“Foram 9.500 ações de fiscalização, resultando em 4 mil autos de infração, R$ 3 bilhões em multas e mais de 3 mil fazendas embargadas”, detalhou Agostinho.
Os agentes também apreenderam 4.547 equipamentos utilizados no desmatamento, somando um valor estimado em R$ 752 milhões.
🌿 Programas sociais e conservação
Outra iniciativa citada pela ministra Marina Silva é o Bolsa Verde, que beneficia mais de 70 mil famílias responsáveis pela conservação de áreas rurais de interesse ecológico. O programa busca equilibrar proteção ambiental e inclusão social, oferecendo renda a comunidades tradicionais que atuam na preservação.
🧭 Conclusão reflexiva
A redução de 11% no desmatamento da Amazônia Legal consolida um ciclo de três anos de resultados positivos e reforça o papel do Brasil no combate às mudanças climáticas. Com a COP 30 se aproximando, o país chega ao evento com indicadores expressivos e uma mensagem clara: investir em fiscalização, ciência e comunidades locais é o caminho mais eficaz para preservar a floresta.
💬 Pergunta para interação
Você acredita que programas como o Fundo Amazônia e o Bolsa Verde são suficientes para manter a floresta em pé a longo prazo?




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