Patrulhamento do TOR intercepta motor com sinais de adulteração em carro que seguia para Uberlândia

Durante a madrugada desta sexta-feira (21), uma equipe do Tático Ostensivo Rodoviário (TOR) realizou uma apreensão inusitada na Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), pista norte. Ao notar um veículo Fiat/Strada com a suspensão traseira visivelmente rebaixada — indicativo comum de excesso de peso —, os policiais decidiram abordar o automóvel.

A vistoria revelou um motor Renault/Master na carroceria, com o número de identificação propositalmente raspado. Os ocupantes, que seguiam viagem rumo a Uberlândia (MG), alegaram ter adquirido o motor em um desmanche na capital paulista. No entanto, não apresentaram nenhum tipo de documentação que comprovasse a origem lícita do equipamento.

Motor apreendido pode ser fruto de crime; envolvidos responderão em liberdade

A situação levantou fortes indícios de receptação, já que a raspagem de numeração é um método comum utilizado para ocultar a origem de peças provenientes de roubo ou furto. Diante disso, os ocupantes do veículo foram conduzidos ao Plantão da Polícia Judiciária de Jundiaí, onde o caso foi formalmente registrado com base no Art. 180 do Código Penal (receptação).

Tanto o veículo quanto o motor foram apreendidos e passarão por perícia técnica para identificar sua procedência. Após o registro da ocorrência, os suspeitos foram liberados, mas responderão ao processo em liberdade.

Ações de fiscalização do TOR miram combate ao tráfico de peças ilegais

Casos como este têm se tornado cada vez mais comuns nas rodovias paulistas, onde a Polícia Rodoviária intensifica as ações de fiscalização para coibir o transporte de cargas ilícitas, especialmente peças automotivas sem procedência. O transporte de motores, câmbios e outras partes adulteradas é parte de um mercado paralelo que movimenta milhões e contribui para o aumento de furtos e roubos de veículos em todo o país.

Segundo especialistas em segurança pública, o combate a esse tipo de crime exige uma rede integrada de monitoramento entre estados, além da ampliação das investigações sobre a atuação de desmanches ilegais.

Receptação é crime e alimenta o ciclo de furtos de veículos no Brasil

A receptação de peças automotivas sem nota fiscal, especialmente com sinais de adulteração, não apenas configura crime, como também perpetua o ciclo da criminalidade. O mercado negro de autopeças incentiva o roubo de veículos e fragiliza o consumidor, que muitas vezes compra peças ilegais sem saber.

Em Curitiba, casos semelhantes já foram registrados, reforçando que a prática criminosa não se limita a grandes centros como São Paulo, mas se espalha por todo o território nacional. A identificação de peças com numeração raspada é um sinal de alerta para as autoridades e deve ser denunciada.

Conclusão

A atuação do Tático Ostensivo Rodoviário na Rodovia dos Bandeirantes demonstra a importância da fiscalização constante nas estradas para coibir o tráfico de peças automotivas ilegais. A apreensão do motor com numeração raspada reforça os desafios no combate à receptação e destaca a necessidade de conscientização da população sobre os riscos de adquirir itens de origem duvidosa.

Você acredita que o controle sobre peças automotivas em desmanches é eficiente no Brasil?

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