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Curitiba,08/05/2025

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    Execução por ciúmes: Flávio é morto a facadas e jogado no Rio Belém

    Crime com motivação passional expõe violência entre pessoas em situação de rua na capital paranaense

    Portal de Noticias de Curitiba
    Execução por ciúmes: Flávio é morto a facadas e jogado no Rio Belém Viatura do Corpo de Bombeiros de Curitiba no local de investigação de um crime, destacando o trabalho das autoridades na apuração e solução de casos. Foto; Colaboração

    Um crime brutal, motivado por ciúmes, chocou moradores da região central de Curitiba. Flávio de Paula Pereira, de 39 anos, foi espancado, esfaqueado e teve o corpo arremessado de uma altura de cinco metros no Rio Belém. A vítima, em situação de rua, teria sido assassinada por dois homens com quem disputava o afeto de uma mesma pessoa. O caso, investigado pela Polícia Civil do Paraná, já teve os dois suspeitos presos.

    O episódio reacende o alerta sobre a violência que atinge pessoas em situação de vulnerabilidade social, especialmente nas regiões urbanas degradadas da cidade.


    Crime sob o Viaduto Capanema: madrugada de horror

    O homicídio ocorreu na madrugada de 28 de março, sob o Viaduto Capanema, próximo à Rua Engenheiros Rebouças e ao lado do Estádio Durival Britto e Silva — área conhecida por abrigar barracos improvisados e por ser ponto de encontro de pessoas em situação de rua e usuários de substâncias ilícitas.

    Segundo o relato do sargento Mazepas, do Siate, quando as equipes de socorro chegaram ao local, o corpo de Flávio já estava no rio. O estado do cadáver indicava que a vítima estava no local há cerca de uma hora.


    “A princípio, foi uma vítima de agressão. Após a agressão, jogaram ele dentro do rio. Ele está bem machucado e provavelmente faleceu com a queda”, disse o sargento.



    Execução covarde dentro de um barraco

    As investigações revelaram que Flávio foi atacado enquanto dormia, dentro de um barraco improvisado. Os agressores, dois homens de 38 e 40 anos, o espancaram e esfaquearam diversas vezes antes de atirar seu corpo no Rio Belém, de uma altura estimada de cinco metros.

    O primeiro suspeito foi preso ainda no dia do crime. O segundo foi localizado e detido em 1º de abril. A dupla já foi identificada e responde por homicídio qualificado.


    “Segundo apurado, a motivação do crime está relacionada à questão passional, tendo em vista que um dos autores e também a vítima estavam se relacionando com a mesma pessoa”, explicou o delegado Ivo Viana, responsável pela investigação.



    Contexto social e vulnerabilidade: retrato de um problema crônico

    Este não é um caso isolado. A região do Viaduto Capanema e os arredores do Estádio Durival Britto e Silva são marcados pela presença constante de pessoas em situação de rua, consumo de drogas e ausência de políticas públicas efetivas.

    Conflitos, como o que resultou na morte de Flávio, muitas vezes surgem em um ambiente de disputa por recursos, afeto e sobrevivência. A motivação passional deste crime revela também a complexidade emocional presente mesmo em contextos de extrema vulnerabilidade.


    O avanço da investigação

    O inquérito conduzido pela Polícia Civil do Paraná foi finalizado e já encaminhado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR). A expectativa é de que a denúncia seja formalizada nos próximos dias e que os dois acusados respondam criminalmente pelo homicídio qualificado por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima.

    Os nomes dos suspeitos ainda não foram divulgados oficialmente, mas ambos seguem detidos preventivamente.


    Repercussão e apelo por justiça

    Entidades de direitos humanos e coletivos de apoio às pessoas em situação de rua cobraram respostas rápidas das autoridades. A brutalidade do caso mobilizou também moradores e comerciantes da região, que denunciam a falta de assistência social, segurança e limpeza no entorno do viaduto.

    Familiares e conhecidos de Flávio, mesmo com a vida difícil que ele levava, lamentaram profundamente a forma com que ele foi morto. “Ele era uma pessoa que lutava, que tentava se manter vivo. Isso foi uma covardia”, disse uma amiga da vítima que pediu anonimato.


    Consequências e caminhos possíveis

    A morte de Flávio evidencia a necessidade urgente de:



    • Reforçar políticas públicas de acolhimento para pessoas em situação de rua;




    • Aumentar a presença de assistência social nas regiões críticas da cidade;




    • Oferecer suporte psicológico e emocional para populações vulneráveis;




    • Criar mecanismos de mediação de conflitos e intervenções sociais antes que situações como essa se tornem irreversíveis.




    Conclusão

    A tragédia que vitimou Flávio de Paula Pereira não pode ser reduzida apenas a um crime passional. Ela reflete um cenário maior de abandono social, invisibilidade e violência. Curitiba, apesar dos avanços em mobilidade e inovação, ainda convive com bolsões de miséria e sofrimento silencioso.

    O caso segue como alerta para gestores públicos, organizações sociais e toda a população: ninguém deve ser deixado para trás.


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