Pintor cai do 14º andar após corda se romper em obra no Bigorrilho. Vítima foi levada em estado grave ao hospital. Caso alerta para segurança em construções.

Pintor sofre queda do 14º andar após rompimento de corda no Bigorrilho

Um pintor de aproximadamente 35 anos caiu do 14º andar de um prédio em construção no bairro Bigorrilho, em Curitiba, na manhã desta terça-feira (27). A vítima realizava serviços de pintura na fachada do edifício quando a corda de sustentação se rompeu, provocando a queda. Apesar da altura, ele sobreviveu ao acidente e foi socorrido em estado gravíssimo ao Hospital do Trabalhador.

Falhas em equipamentos e riscos comuns em obras verticais

O acidente aconteceu por volta das 10h, em uma das regiões mais verticalizadas da capital paranaense. De acordo com testemunhas, o trabalhador utilizava um equipamento de acesso por corda (técnica conhecida como alpinismo industrial), mas o sistema de ancoragem pode ter falhado.

A queda foi parcialmente amortecida por uma estrutura metálica no terceiro andar, o que pode ter evitado um desfecho fatal. O Corpo de Bombeiros foi acionado imediatamente, e o resgate mobilizou também uma equipe do SAMU e da Defesa Civil. A obra foi interditada temporariamente para perícia técnica e avaliação das condições de segurança.

Normas de segurança e responsabilidades em obras de grande porte

A legislação brasileira, por meio da Norma Regulamentadora NR-35, determina critérios rígidos para o trabalho em altura, incluindo o uso de equipamentos certificados e sistemas duplos de proteção. Em muitos casos, no entanto, há negligência no treinamento dos profissionais ou falta de manutenção nos dispositivos de segurança.

Segundo a Superintendência Regional do Trabalho no Paraná, acidentes com quedas representam mais de 20% das ocorrências no setor da construção civil no estado. O caso no Bigorrilho reacende o debate sobre o cumprimento das normas e a fiscalização por parte das construtoras e órgãos públicos.

Condição de saúde é crítica e repercussão cresce nas redes

O pintor foi levado ao Hospital do Trabalhador com múltiplas fraturas, traumatismo craniano e hemorragias internas. Ele passou por cirurgia de emergência e permanece internado em estado grave na UTI. Familiares do trabalhador relataram que ele atuava como autônomo e prestava serviço terceirizado para a construtora responsável pela obra.

Nas redes sociais, moradores da região e profissionais da área expressaram indignação com a falta de segurança em canteiros de obras. O caso também gerou reflexões sobre o valor do trabalho manual e os riscos enfrentados por trabalhadores da construção civil, que muitas vezes não têm vínculos formais nem acesso à previdência ou equipamentos adequados.

Conclusão: valorização da segurança e respeito ao trabalho humano

A queda do pintor no Bigorrilho não é apenas um trágico acidente — é também um alerta urgente para a importância da segurança no trabalho e do cumprimento das normas técnicas. Em uma cidade que cresce verticalmente, como Curitiba, é fundamental que empresas e órgãos fiscalizadores priorizem a verificação de informações, o treinamento adequado e o investimento em ferramentas digitais de prevenção.

O respeito à vida do trabalhador deve estar acima de qualquer cronograma de obra. Casos como este não podem ser tratados como exceções, mas como um chamado à responsabilidade coletiva.

Você acredita que as construtoras têm feito o suficiente para garantir a segurança dos trabalhadores em Curitiba?

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