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Galpão no Paraná era usado para cultivar, desidratar e embalar 'cogumelos mágicos', diz polícia

Nove pessoas foram presas suspeitas de integrar rede de produção e venda dos cogumelos alucinógenos. Mais de 3 mil pacotes do produto foram apreendidos.

g1.globo.com
Galpão no Paraná era usado para cultivar, desidratar e embalar 'cogumelos mágicos', diz polícia Segundo os investigadores, essa é a maior rede de produção e distribuição de cogumelos alucinógenos já identificada no Brasil — Foto: RPC


Polícia prende grupo que vendia cogumelos alucinógenos
Um galpão em Campo Magro, Região Metropolitana de Curitiba, era usado para cultivar, desidratar e embalar cogumelos alucinógenos, segundo a Polícia Civil.
🔎 Os chamados “cogumelos mágicos” contêm psilocibina, substância psicodélica que altera a percepção sensorial, a noção de tempo e espaço e podem provocar experiências emocionais e visuais intensas. O uso dessa substância é proibido pela Anvisa no Brasil.
O local foi alvo de uma operação que também prendeu nove pessoas e interceptou mais de 3 mil pacotes de cogumelos – vendidos pelas redes sociais e enviados pelos Correios para todo o país.
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Segundo a polícia, essa é a maior rede de produção e distribuição de cogumelos alucinógenos já identificada no Brasil.
Galpão era usado para cultivar, desidratar e embalar cogumelos alucinógenos, diz polícia
RPC
As investigações começaram com foco em uma organização criminosa sediada no Distrito Federal. Porém, a polícia identificou que quando os suspeitos não conseguiam suprir a demanda dos compradores, encomendavam os cogumelos com outros fornecedores, entre eles os que estavam no Paraná.
Conforme a polícia, o grupo utilizava um sistema de comércio eletrônico denominado dropshipping, no qual o vendedor comercializa produtos em uma loja online, mas não mantém o estoque físico.
A polícia chegou então ao centro da operação, na capital paranaense, onde o galpão funcionava como laboratório e salas de cultivo, e tinha estrutura para produzir até 200 quilos de cogumelos por mês.
"As drogas eram postadas pelos Correios para o comprador diretamente, e elas eram remetidas como se quem tivesse produzido e entregue a droga fosse o traficante sediado no Distrito Federal", detalha o delegado Omar Vargens.
Segundo os investigadores, essa é a maior rede de produção e distribuição de cogumelos alucinógenos já identificada no Brasil
RPC
Segundo Vargens, no Paraná, os suspeitos tinham uma empresa com CNPJ registrado no ramo alimentício.
"Eles tinham um comércio independente, tinham uma rede de consumidores próprios, mas também faziam esse trabalho de fornecimento para outros traficantes, fazendo essas entregas diretamente para os clientes, que fazia o pagamento para o intermediário, como se fosse um 'corretor'", explica.
Segundo o proprietário do galpão, o local foi alugado em outubro de 2024, por meio de uma assessoria imobiliária. A empresa que fez a locação afirma possuir como atividade o comércio atacadista de mercadorias em geral, com foco em alimentos e cestas básicas.
Por meio de nota, o proprietário afirmou que está à disposição para colaborar com a autoridade policial.
Seis presos em Curitiba
Suspeitos tinham CNPJ registrado como empresa do ramo alimentício
RPC
Em Curitiba, seis pessoas foram presas preventivamente suspeitas de envolvimento no esquema. Cinco delas, conforme a polícia, exerciam papel de comando na organização. A sexta pessoa presa é um motoboy que fazia parte das entregas.
Os outros mandados de prisão foram cumpridos no Distrito Federal e em São Paulo.
Eles devem responder pelos crimes de tráfico de drogas qualificado, lavagem de dinheiro, integração em organização criminosa, disseminação de espécies que possam causar dano à agricultura, à pecuária, à fauna ou aos ecossistemas, promoção de publicidade abusiva e curandeirismo.
A Justiça determinou também o bloqueio de R$ 200 milhões de contas de empresas ligadas ao grupo.
Além do Distrito Federal e Paraná, a operação aconteceu também no Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Pará, Santa Catarina, Espírito Santo e São Paulo.
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Suspeitos usavam redes sociais para divulgar os produtos
Criminosos anunciavam 'cogumelos mágicos' pelas redes sociais
PCDF
Os investigados vendiam o produto de três formas: desidratados, misturados ao mel ou encapsulados.
O grupo criminoso usava as redes sociais e até influenciadores para atrair clientes, em sua maioria jovens frequentadores de festas de música eletrônica.
O grupo investia no patrocínio de feiras e festivais de música eletrônica, ambientes que facilitavam o contato direto com potenciais consumidores e reforçavam a associação da marca com experiências de lazer.
Influenciadores digitais e DJs eram recrutados como promotores, atuando na divulgação dos produtos ilícitos em redes sociais e eventos. A estimativa é que os investigados movimentaram R$ 26 milhões em apenas um ano.
Preso por vender 'cogumelos mágicos' postava produção do alucinógeno em rede social
O que são os 'cogumelos mágicos'
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