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Relação com professor ajuda aluno na construção de propósito de vida

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Relação com professor ajuda aluno na construção de propósito de vida Professor orienta grupo de estudantes durante atividade em sala de aula; pesquisa do Instituto Ânima e da USP aponta que vínculo com docentes fortalece o propósito de vida dos jovens. — Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil / Divulgação.



Estudo do Instituto Ânima e da USP revela que relações de confiança na escola influenciam até 30% no desenvolvimento pessoal e emocional dos jovens.


Meta description: Estudo do Instituto Ânima e da USP mostra que alunos com vínculo positivo com professores têm até 30% mais propósito de vida e melhor saúde mental.




Relação de confiança como fator decisivo


Uma pesquisa inédita do Instituto Ânima, em parceria com o Laboratório de Estudos e Pesquisas em Educação e Economia Social (Lepes/USP), apontou que a relação de confiança entre professor e aluno é determinante para o desenvolvimento do propósito de vida dos estudantes.


O levantamento, realizado com 500 mil respostas de educadores e alunos das redes públicas de Minas Gerais, Goiás, Bahia, Pará e São Paulo, analisou o impacto das relações escolares, familiares e socioemocionais no bem-estar e nas metas pessoais dos jovens.


Segundo o gerente-executivo do Laboratório de Inovação em Políticas Públicas Educacionais (Lippe), Gustavo Mendonça Blanco, o principal achado é que estudantes que têm com quem conversar na escola apresentam indicadores mais altos de propósito de vida.



“O estudante que confia no professor e sente abertura para dialogar sobre sentimentos e dúvidas tem melhores indicadores de propósito de vida. Esse é o grande resultado da pesquisa”, afirmou Blanco à Agência Brasil.





Famílias também exercem papel protetivo


Além da relação com os docentes, o estudo mostra que o apoio familiar é outro fator essencial para a formação de propósito nos jovens.


De acordo com o levantamento:




  • alunos que afirmam poder contar com os professores têm uma média de propósito 16% maior;




  • já os que contam com apoio familiar registram índice 20% maior em comparação aos demais.





“A relação com os adultos é muito importante. Quando o estudante tem esse suporte — seja na escola ou em casa —, há um impacto direto no desenvolvimento emocional e na clareza de seus objetivos”, explicou Blanco.





Saúde mental e ambiente escolar


A pesquisa também identificou forte correlação entre saúde mental e propósito de vida. Entre dois jovens com a mesma condição emocional, aquele que mantém vínculo de confiança com professores apresenta 30% mais propósito.


O estudo revelou ainda fatores de risco à saúde mental dos estudantes:




  • 29% dizem que os estudos afetam negativamente sua saúde mental;




  • 26% já sofreram bullying;




  • 24% sentem-se pressionados por padrões de beleza;




  • 21% enfrentam angústia com a situação financeira familiar;




  • 16% relataram solidão no último ano;




  • 13% afirmaram se sentir obrigados a reproduzir comportamentos das redes sociais.




As competências socioemocionais aparecem como o principal fator de proteção, respondendo por 54,9% da influência positiva na formação de propósito, seguidas pela qualidade da relação com o professor (14,7%), saúde mental (14,5%) e apoio familiar (11%).




Professores também foram avaliados


Dos participantes, 12,5 mil eram professores. O levantamento avaliou aspectos como autoeficácia, propósito de trabalho, saúde mental e capacidade pedagógica.


Os resultados mostram que educadores com boa saúde mental e autoconfiança profissional tendem a ter maior engajamento e propósito em sala de aula — o que, por consequência, reflete no desempenho dos alunos.




Formação continuada e projetos inovadores


O estudo integra o projeto “Papo de Cabeça”, parceria entre o Instituto Ânima e a Fundação Z Zurich, que promove a formação de professores e o desenvolvimento de competências socioemocionais nas escolas públicas.


A iniciativa oferece cursos gratuitos de pós-graduação e extensão com carga horária de 380 horas, além de materiais lúdicos como o jogo “Conexões que Cuidam”, voltado ao autoconhecimento e à autorregulação emocional de alunos do ensino fundamental e médio.



“Percebemos que os estudantes que apresentam melhor desempenho são aqueles que veem o professor como referência. É por isso que investir na formação continuada dos docentes é essencial”, destacou Blanco.





Educação e propósito caminham juntos


Para os pesquisadores, a mensagem central do estudo é clara: relações humanas de qualidade dentro e fora da escola fortalecem o aprendizado e o sentido de vida dos jovens.



“Quando o professor se torna um ponto de apoio emocional, o estudante desenvolve mais empatia, confiança e motivação para o futuro”, resume Blanco.





Pergunta para o leitor:

Você acredita que a escola tem papel fundamental na formação emocional e no propósito de vida dos jovens?




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