Após 18 dias em cuidados intensivos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresenta evolução positiva e deve receber alta hospitalar nos próximos dias. Internado no Hospital DF Star, em Brasília, ele foi submetido a uma cirurgia de 12 horas para tratar uma obstrução intestinal. A informação foi confirmada pelo boletim médico divulgado neste sábado (3), que aponta estabilidade clínica e progresso na alimentação por via oral.

A notícia mobiliza apoiadores e opositores em todo o Brasil — especialmente em Brasília, onde Bolsonaro já convocou um novo ato público — e reacende o debate sobre os rumos da oposição política no país.

Boletim médico indica melhora contínua

O boletim médico mais recente informa que Jair Bolsonaro está:

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  Clinicamente estável, sem febre ou dores;

  
  


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  Com pressão arterial controlada;

  
  


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  Aceitando bem a dieta pastosa, com suspensão da nutrição parenteral;

  
  


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  Realizando fisioterapia motora diária;

  
  


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  Em protocolo de prevenção de trombose venosa;

  
  


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  Fora da UTI desde o dia 30 de abril, após quase três semanas em cuidados intensivos.

  
  

Além disso, a equipe médica mantém a restrição de visitas, embora o quadro clínico evolua favoravelmente.

Internação após complicações intestinais

Bolsonaro foi internado no dia 13 de abril, após apresentar fortes dores abdominais causadas por uma obstrução intestinal. A cirurgia durou cerca de 12 horas e envolveu procedimentos delicados na região abdominal, incluindo a remoção de aderências formadas após múltiplas intervenções anteriores — a maioria delas ligadas à facada sofrida em 2018.

Nos primeiros dias de internação, Bolsonaro permaneceu sedado e em jejum. A alimentação oral foi retomada no dia 29 de abril, quando a sonda nasogástrica foi retirada.

Retomada gradual das atividades e mobilização política

Apesar da internação, o ex-presidente manteve a comunicação com seus apoiadores através das redes sociais. Na quinta-feira (1º), ainda do leito hospitalar, convocou um novo ato político para o dia 7 de maio, em Brasília, com foco na anistia dos condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

A convocação foi feita com vídeo e textos curtos em suas redes, e deve reunir milhares de apoiadores na Esplanada dos Ministérios, aumentando a vigilância de autoridades de segurança pública.

Recuperação é acompanhada de perto por aliados e adversários

Líderes do PL (Partido Liberal) e aliados próximos ao ex-presidente acompanham de perto o processo de recuperação. Já setores da oposição avaliam os impactos políticos do possível retorno de Bolsonaro à ativa.

Analistas apontam que a melhora do ex-presidente e sua rearticulação política podem reaquecer o debate em torno da direita conservadora no Brasil, e influenciar diretamente o cenário eleitoral de 2026.

Impactos em Curitiba e no Paraná

No Paraná, onde Bolsonaro mantém forte base de apoio, especialmente em cidades como Curitiba, Londrina e Cascavel, a notícia repercutiu entre lideranças regionais. Deputados estaduais e federais da base bolsonarista já se movimentam para participar do ato de maio.

Além disso, o estado abriga diversos grupos organizados que seguem mobilizados desde as eleições de 2022. A alta hospitalar pode representar uma retomada simbólica da presença de Bolsonaro no debate político, o que afeta diretamente o cenário regional.

Conclusão

A expectativa de alta hospitalar para Jair Bolsonaro marca um novo capítulo em sua trajetória política e médica. A recuperação clínica reforça sua tentativa de se manter relevante no cenário nacional, mesmo diante de processos judiciais e desgastes recentes.

Em Curitiba e em todo o Paraná, a retomada do ex-presidente é acompanhada com atenção, especialmente por setores conservadores e lideranças locais que o veem como peça-chave na recomposição da direita brasileira.

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