🦠 Mpox no Norte do Brasil: Casos Crescem, Autoridades Reforçam Prevenção
Com novos casos confirmados no Amazonas e no Pará, estados intensificam vigilância e orientações à população para evitar a disseminação da doença.

Crescimento de casos no Norte acende alerta para mpox
Entre 1º de janeiro e 30 de abril de 2025, o estado do Amazonas registrou 63 notificações de mpox, com 33 casos confirmados e 29 descartados. Felizmente, não houve registro de óbitos até o momento. Já o Pará confirmou 19 infecções, com a maioria dos casos concentrados em Belém, capital do estado.
A doença, causada pelo vírus Monkeypox, preocupa as autoridades de saúde pela possibilidade de transmissão comunitária e pela confirmação de uma nova cepa no país.
Mpox: o que é, como se transmite e quais os sintomas
A mpox é uma doença infecciosa causada pelo vírus Monkeypox, da mesma família da varíola. Sua transmissão pode ocorrer:
De pessoa para pessoa, por meio de contato direto com lesões de pele, fluidos corporais, gotículas respiratórias ou objetos contaminados.
Do ambiente para humanos, especialmente por meio de superfícies e objetos tocados por indivíduos infectados.
De animais selvagens para humanos, especialmente em regiões onde o vírus circula entre a fauna local.
Principais sintomas:
Erupções cutâneas (semelhantes a bolhas ou feridas);
Febre;
Dor de cabeça;
Dores musculares e nas costas;
Cansaço extremo;
Gânglios linfáticos inchados.
A erupção pode atingir diversas partes do corpo: rosto, palmas das mãos, solas dos pés, genitais, virilha e região anal.
Amazonas: vigilância intensificada e orientação à população
A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) divulgou que os casos notificados estão sendo monitorados e reforçou a importância da busca por atendimento médico imediato em caso de sintomas suspeitos.
Recomendações da SES-AM para evitar a infecção:
Evitar contato direto com lesões de pele ou fluidos corporais de pessoas infectadas;
Higienizar as mãos com frequência, com água e sabão ou álcool em gel;
Praticar sexo seguro, com uso de preservativo;
Usar máscara em locais fechados e mal ventilados;
Cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar;
Manter a higiene pessoal rigorosa.
Pará: concentração de casos em Belém e vigilância municipal
Entre 1º de janeiro e 23 de abril, o Pará confirmou 19 casos de mpox, com 14 registrados em Belém. Os outros ocorreram em Ananindeua, Marituba e um caso importado de outro estado.
A Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) descartou a existência de um surto, mas ressaltou o alinhamento com os municípios para fortalecer ações preventivas e manter a rede de diagnóstico ativa.
“É fundamental que os profissionais dos municípios estejam atentos com os fluxos de notificação e diagnóstico”, reforçou a Sespa.
Nova cepa 1b identificada em São Paulo: conexão com a África
Em março, o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso da cepa 1b da mpox no Brasil. A paciente é uma mulher de 29 anos, moradora da região metropolitana de São Paulo, que teve contato com um familiar vindo da República Democrática do Congo, país onde há surto da doença.
O caso foi confirmado através de sequenciamento genético, que revelou similaridade com genomas detectados em outros países. Até o momento, nenhum caso secundário foi identificado.
Ações do Ministério da Saúde:
Comunicação com a Organização Mundial da Saúde (OMS);
Reforço da vigilância epidemiológica em nível municipal e estadual;
Busca ativa por pessoas que tiveram contato com a paciente infectada.
Diagnóstico e tratamento: como a rede de saúde está preparada
O diagnóstico da mpox é feito por exames laboratoriais, com coleta de material das lesões cutâneas ou sangue. Os sintomas costumam durar entre duas a quatro semanas, e o tratamento é sintomático, com foco no alívio das dores e controle das lesões.
Casos mais graves podem necessitar de internação hospitalar, principalmente em pessoas imunocomprometidas, crianças ou idosos.
Como Curitiba e o Paraná devem se preparar
Apesar de os focos atuais estarem no Norte e Sudeste, estados como o Paraná precisam manter atenção redobrada. A movimentação interestadual e o potencial de transmissão silenciosa justificam o fortalecimento da vigilância ativa em todo o país.
Hospitais e Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Curitiba já adotaram protocolos atualizados conforme as diretrizes do Ministério da Saúde. Ações de comunicação e prevenção nas escolas, comunidades e ambientes de trabalho também são recomendadas.
Conclusão: atenção redobrada e informação como aliada
A mpox ainda não representa uma emergência no Brasil, mas a confirmação de novas cepas, os casos crescentes no Norte e a circulação de pessoas entre estados e países exigem vigilância constante.
Manter-se informado, seguir as orientações das autoridades de saúde e buscar atendimento ao menor sinal de sintomas são atitudes fundamentais para proteger a si mesmo e à comunidade.
Curitiba e o Paraná podem contribuir com a contenção da doença, reforçando ações preventivas e evitando a propagação nacional.
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