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Curitiba,14/05/2025

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    Gilmar Mendes autoriza Virgínia Fonseca a ficar em silêncio na CPI das Bets

    Influenciadora deverá prestar depoimento nesta terça-feira (13) no Senado, mas poderá se manter em silêncio em questões que possam incriminá-la

    Portal de Notícias de Curitiba.
    Gilmar Mendes autoriza Virgínia Fonseca a ficar em silêncio na CPI das Bets Virgínia Fonseca chega ao Senado Federal para prestar depoimento à CPI das Apostas Esportivas, usando moletom com imagem da filha. Créditos da foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado



    Direito ao silêncio garantido pelo STF marca depoimento de Virgínia Fonseca na CPI das Bets


    Em um desdobramento relevante no cenário político e jurídico nacional, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a influenciadora digital Virgínia Fonseca a permanecer em silêncio durante seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas Esportivas, marcada para esta terça-feira (13), às 11h, no Senado Federal.


    A decisão foi tomada após a defesa da influenciadora solicitar salvo-conduto, alegando que ela está na condição de investigada e não de testemunha, como sustenta a comissão. Com a medida, ela poderá evitar responder perguntas que possam autoincriminá-la, sendo resguardada pelo direito constitucional ao silêncio.




    Salvo-conduto garante prerrogativas legais à influenciadora


    A concessão do salvo-conduto por parte do ministro Gilmar Mendes assegura a presença de advogados durante o depoimento e impede que a influenciadora seja ameaçada de prisão. Além disso, o despacho reforça que Virgínia Fonseca deverá ser tratada com respeito, dignidade e urbanidade durante sua oitiva.



    “O direito ao silêncio, que assegura a não produção de prova contra si mesmo, constitui pedra angular do sistema de proteção dos direitos individuais e materializa uma das expressões do princípio da dignidade da pessoa humana”, afirmou o ministro do STF.



    Apesar do direito ao silêncio ser assegurado quanto às perguntas que possam incriminá-la, Virgínia Fonseca deverá responder a questionamentos que envolvam terceiros investigados pela CPI, conforme esclarecido na decisão judicial.


    Virgínia Fonseca durante depoimento na CPI das Apostas Esportivas no Senado Federal, em Brasília.

    Créditos da foto: Reprodução / TV Senado 



    CPI das Bets mira influência digital na promoção de apostas


    A convocação da influenciadora foi requerida pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que apontou a atuação de Virgínia em campanhas publicitárias de casas de apostas. A senadora destacou que a influenciadora exerce forte influência sobre milhões de seguidores, especialmente nas redes sociais, o que potencializa o impacto de sua atuação em campanhas promocionais de apostas esportivas.


    A CPI das Bets, como ficou conhecida, foi criada com o objetivo de investigar o mercado de apostas esportivas no Brasil, especialmente o envolvimento de celebridades, influenciadores digitais e atletas em ações publicitárias que possam estar relacionadas a atividades irregulares ou criminosas.




    Investigação inclui pedidos de quebra de sigilo


    O caráter de investigada, segundo os advogados de Virgínia, se dá pelo fato de que a CPI solicitou a quebra do sigilo bancário da influenciadora ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o que reforçaria a tese de que ela não poderia ser ouvida como simples testemunha.


    A defesa argumentou que, diante disso, seria necessário o salvo-conduto para garantir o direito ao silêncio e evitar constrangimentos ilegais durante a oitiva. O STF, ao acatar o pedido, afastou a possibilidade de coerção ou imposição de medidas restritivas durante o depoimento.




    O papel de influenciadores no mercado de apostas


    O caso de Virgínia Fonseca levanta um debate relevante sobre o papel dos influenciadores digitais na promoção de produtos e serviços de alto risco, como as apostas online. Com milhões de seguidores, essas figuras públicas acabam influenciando decisões financeiras de uma audiência jovem e altamente engajada nas redes sociais.


    Em Curitiba e em outras cidades do Paraná, o debate sobre a regulação da publicidade de apostas também ganha força, especialmente após a proliferação de propagandas envolvendo casas de apostas em eventos esportivos, streamings e plataformas digitais.




    Impactos esperados após a oitiva de Virgínia


    O depoimento de Virgínia Fonseca, mesmo com a prerrogativa de silêncio, pode desencadear novas etapas nas investigações da CPI, sobretudo no que diz respeito à conexão entre influenciadores e empresas de apostas. Outros nomes populares das redes sociais também estão na mira da comissão.


    Além disso, há expectativa de que a oitiva traga reflexões sobre a necessidade de uma legislação mais rígida no que tange à publicidade de jogos de azar e a responsabilização de quem promove essas atividades, principalmente quando o público-alvo são jovens e adolescentes.




    Conclusão: Um caso que vai além da figura da influenciadora


    O episódio envolvendo Virgínia Fonseca ilustra um momento delicado para o ecossistema digital brasileiro, em que a atuação de influenciadores é cada vez mais questionada frente à responsabilidade social. Mais do que uma discussão jurídica, o caso reacende o debate sobre ética na publicidade digital, regulação de apostas online e proteção de consumidores vulneráveis.


    Para Curitiba e o Paraná, onde a presença digital de influenciadores é expressiva e o mercado publicitário digital em expansão, o desfecho do depoimento pode indicar novos rumos para regulamentações futuras no setor.




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