Irmãs morrem após acidente grave na PR-466 em Guarapuava

Na noite da sexta-feira (16), uma tragédia abalou a região central do Paraná. Duas irmãs morreram e três membros da mesma família ficaram feridos após o carro em que estavam capotar na PR-466, em Guarapuava. O acidente mobilizou equipes do Samu e do Corpo de Bombeiros e reacende o alerta para a segurança nas estradas da região.

O que aconteceu na PR-466

De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), o acidente ocorreu quando a condutora do veículo perdeu o controle da direção, saiu da pista e capotou. O carro transportava cinco pessoas da mesma família, que retornavam para Palmital após um dia de compras em Guarapuava.

As vítimas fatais foram identificadas como Graziele Jusviak, de 31 anos, e Daniele Jusviak, de 34. As duas irmãs morreram ainda no local. Outras três pessoas estavam no veículo: uma mulher de 51 anos e duas crianças, de 7 e 12 anos.

Feridos e atendimento de emergência

A mulher de 51 anos e a criança de 7 anos sofreram ferimentos graves. Ambas foram socorridas e levadas ao hospital de Guarapuava. A outra criança, de 12 anos, teve apenas ferimentos leves e também recebeu atendimento médico.

Segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), as cinco vítimas eram parentes e moravam em Palmital, município próximo a Guarapuava. Três ambulâncias do Samu e três viaturas do Corpo de Bombeiros foram mobilizadas para o resgate.

Família devastada e comoção local

O acidente causou forte comoção entre os moradores de Palmital e Guarapuava. Familiares e amigos utilizaram as redes sociais para prestar homenagens às irmãs falecidas. "Uma dor que não cabe no peito", escreveu uma amiga da família em uma publicação no Facebook.

A perda de duas jovens mães — ambas muito conhecidas e queridas na comunidade — deixou a cidade em luto. O sepultamento das vítimas deve ocorrer nos próximos dias em Palmital, conforme informações de familiares.

A PR-466 e os riscos na rodovia

Histórico de acidentes

A PR-466 é uma das principais rodovias do Paraná, cortando o estado de oeste a leste. Apesar de sua importância, a via acumula um histórico de acidentes, especialmente em trechos sinuosos e mal sinalizados. Segundo dados da PRE, ao menos 23 acidentes com vítimas ocorreram na rodovia entre janeiro e maio de 2025.

Condições da pista e sinalização

Moradores e motoristas que trafegam frequentemente pela PR-466 relatam problemas como falta de acostamento em alguns trechos, sinalização precária e ausência de iluminação. Essas condições contribuem para a ocorrência de acidentes, principalmente à noite ou em dias de chuva.

Segurança viária no Paraná: um desafio contínuo

Dados alarmantes

Segundo o Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), o Paraná registrou 5.876 acidentes em rodovias estaduais em 2024. Destes, 762 resultaram em mortes. As principais causas são excesso de velocidade, ultrapassagens perigosas, cansaço do motorista e más condições das pistas.

Iniciativas do governo

Nos últimos anos, o Governo do Paraná tem anunciado investimentos em infraestrutura rodoviária, incluindo recuperação de trechos críticos da PR-466. No entanto, muitos trechos ainda aguardam melhorias. Campanhas educativas também são realizadas, mas ainda não conseguiram reduzir significativamente os índices de acidentes.

Reflexão e apelo por mais segurança

A tragédia em Guarapuava reforça a urgência de ações concretas para melhorar a segurança nas rodovias paranaenses. Além da infraestrutura, é fundamental investir na educação de motoristas e na fiscalização efetiva para evitar que mais famílias sofram com perdas irreparáveis.

O caso também serve como alerta para condutores que trafegam com familiares, especialmente em rodovias de tráfego intenso e sem estrutura adequada. O uso de cinto de segurança para todos os ocupantes, atenção redobrada e respeito aos limites de velocidade podem salvar vidas.

Conclusão

A morte das irmãs Graziele e Daniele Jusviak na PR-466 é uma dolorosa lembrança dos perigos que rondam as estradas paranaenses. Enquanto as investigações sobre as causas do acidente continuam, a dor da família e da comunidade de Palmital permanece viva.

Mais do que uma estatística, essa tragédia representa uma família destruída e uma sociedade que precisa cobrar por rodovias mais seguras, bem cuidadas e fiscalizadas. É também um chamado à empatia, à solidariedade e à responsabilidade no trânsito.