Amazônia recicla menos de 3% dos resíduos sólidos, alerta ministro Waldez Góes
Saneamento e tratamento de resíduos são apontados como principais desafios ambientais da região

A Amazônia recicla menos de 3% dos resíduos sólidos que produz, de acordo com o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. A declaração foi dada nesta quinta-feira (28), durante participação no programa Bom Dia, Ministro, da EBC. Segundo ele, a escassez de saneamento básico e de tratamento de resíduos é o maior problema ambiental da região, superando até questões como o desmatamento e o garimpo ilegal.
Desafios ambientais e saneamento precário
Durante a entrevista, Góes ressaltou que a Amazônia tem uma das menores coberturas de saneamento do país, o que agrava a crise ambiental.
“O principal problema da Amazônia ambiental é a parte do saneamento e resíduo sólido. Nós temos uma das menores coberturas de saneamento e de tratamento de resíduo sólido do país”, afirmou o ministro.
Ele também defendeu a criação de uma cultura institucionalizada e empreendedora para lidar com os resíduos, destacando a necessidade de parcerias público-privadas para avançar no setor. O Atlas de Territórios Brasileiros para Parcerias Público-Privadas de Manejo de Resíduos Sólidos, lançado no último dia 25, foi citado como um passo estratégico nesse processo.
Relações comerciais com a China e nova rota marítima
Outro ponto abordado foi a ampliação das relações comerciais entre Brasil e China. O ministro anunciou que, no sábado (30), chegará ao Amapá o primeiro navio vindo do país asiático pela nova rota marítima entre a região da Grande Baía Guangdong–Hong Kong–Macau e o Porto de Santana.
Segundo Góes, a rota faz parte de uma estratégia de cooperação que pode ampliar a exportação de produtos da biodiversidade amazônica, além de commodities já consolidadas como soja, ferro e café.
Apoio à agricultura familiar com o AgroAmigo
O ministro também destacou a chegada do programa AgroAmigo ao Norte e Centro-Oeste. A iniciativa, já aplicada no Nordeste, oferece apoio financeiro a pequenos produtores e busca reduzir prejuízos causados pelo isolamento de comunidades durante a estiagem, que afeta rios e estradas.
Góes enfatizou a relevância da agricultura familiar para a segurança alimentar brasileira:
“Quem produz o alimento básico para colocar na mesa dos brasileiros é a agricultura familiar. É o pescador artesanal, o agricultor, o extrativista”.
Além disso, citou acordos com a Agência Brasileira de Desenvolvimento da Indústria para incentivar a industrialização da Amazônia, destacando o potencial de produção de fármacos a partir de recursos da floresta.
Conclusão reflexiva
A fala do ministro Waldez Góes chama atenção para uma realidade pouco discutida: a baixa taxa de reciclagem e o déficit de saneamento na Amazônia. Embora desmatamento e queimadas dominem o debate ambiental, a falta de infraestrutura básica de resíduos sólidos representa um desafio urgente. Ao mesmo tempo, programas como o AgroAmigo e novas rotas comerciais podem impulsionar a economia regional e fortalecer a agricultura familiar.
A gestão de resíduos, aliada ao desenvolvimento sustentável, será determinante para garantir qualidade de vida na região e proteger a Amazônia como patrimônio ambiental do Brasil e do mundo.
❓ Pergunta para interação:
Você acredita que a falta de saneamento e reciclagem na Amazônia é mais grave para o futuro da região do que o desmatamento?
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