Mulher é baleada na nuca durante tiroteio em distribuidora de bebidas em Colombo
Juliete Pires dos Santos Scrok, de 36 anos, escapou da tetraplegia por apenas 4 milímetros, segundo o neurocirurgião que realizou o atendimento.
Tomografia mostra bala alojada a 4 milímetros da medula cervical de Juliete. — Foto: Hospital Angelina Caron / Divulgação Uma mulher de 36 anos foi baleada na nuca durante um tiroteio em uma distribuidora de bebidas no bairro Guaraituba, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, na tarde de sábado (19). A vítima, identificada como Juliete Pires dos Santos Scrok, estava em um carro com o marido e a filha quando foi atingida por uma bala perdida. Segundo a Polícia Civil do Paraná (PC-PR), Juliete não era o alvo dos disparos.
Sobrevivência por milagre
Juliete foi socorrida e levada ao Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul. O neurocirurgião Felipe Salvagni Pereira, responsável pelo atendimento, contou que a paciente chegou consciente e conversando, relatando apenas formigamento nos braços.
“Quando vimos a tomografia, eu tive a curiosidade de medir a distância do projétil até a medula cervical. Deu apenas quatro milímetros. Uma lesão ali poderia causar morte ou tetraplegia. É inacreditável que ela esteja tão bem — foi realmente um milagre”, relatou o médico.
A bala ficou alojada na cabeça e precisou ser retirada em cirurgia. A expectativa é que Juliete receba alta até terça-feira (21).
Família atingida por estilhaços
A filha do casal, de 16 anos, teve ferimentos leves nos braços, mãos e rosto devido aos estilhaços do vidro do carro. Ela levou alguns pontos e passa bem. O marido, Jeferson Scrok, contou que a família voltava para casa, em Piraquara, após visitar parentes em Colombo.
“Ouvi um barulho e o vidro do carro quebrou. Minha filha estava cheia de sangue. Achei que o tiro tinha pegado nela, mas era na minha esposa. A gente nunca imagina viver uma situação dessas, ainda mais em um sábado à tarde, voltando pra casa”, contou emocionado.
O tiroteio
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o atirador entra na distribuidora usando capacete e dispara quatro vezes contra um homem que bebia com amigos na área externa do local. O alvo correu ao perceber a ação e não foi atingido.
Testemunhas afirmaram que o suspeito passou duas vezes de moto em frente à distribuidora antes de entrar e atirar. Após os disparos, o homem fugiu e ainda não foi identificado.
A Polícia Civil instaurou inquérito para identificar o atirador e apurar a motivação do crime.
Conclusão
O caso expõe mais um episódio da violência urbana na Região Metropolitana de Curitiba, onde inocentes acabam sendo vítimas de confrontos armados. Para a família de Juliete, a diferença de apenas quatro milímetros entre a vida e a tragédia foi o limite entre o desespero e a gratidão.
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