Presidente mexicana é vítima de assédio nas ruas da Cidade do México
Homem foi detido após tentar beijar a presidente no pescoço no centro da Cidade do México; episódio reacende debate sobre violência de gênero no país.
Presidente mexicana Claudia Sheinbaum durante caminhada no centro histórico da Cidade do México, antes do incidente. — Foto: Governo do México / Divulgação. Presidente do México, Claudia Sheinbaum, sofre assédio durante caminhada em público; homem foi detido e encaminhado à Procuradoria de Crimes Sexuais.
Episódio ocorreu a poucos metros do Palácio Nacional
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, sofreu assédio sexual enquanto caminhava e cumprimentava cidadãos nesta terça-feira (4) no centro histórico da Cidade do México, a poucos metros do Palácio Nacional.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento em que um homem se aproxima da presidente e tenta beijá-la no pescoço, sem o seu consentimento.
Visivelmente constrangida, Sheinbaum tenta se afastar enquanto seguranças a protegem e retiram o agressor do local.
O homem, aparentemente embriagado, foi detido imediatamente pela equipe de segurança presidencial. Segundo autoridades locais, ele foi identificado como Uriel Rivera Martínez e levado à Procuradoria da Cidade do México para Crimes Sexuais.
Presidente seguia para evento educacional
O episódio ocorreu quando Claudia Sheinbaum se dirigia a pé ao Ministério da Educação Pública (SEP), onde participaria do primeiro Encontro Nacional de Universidades e Instituições de Ensino Superior.
O prédio fica a poucos quarteirões do Palácio Nacional, e a presidente decidiu percorrer o trajeto caminhando, para interagir com cidadãos.
Foi durante essa aproximação com o público que o homem aproveitou o momento de cumprimentos para abraçá-la e tentar beijá-la, sendo contido logo em seguida.
Em vídeos publicados online, a presidente aparece visivelmente tensa após o incidente, mas segue a caminhada até o evento.
Autoridades confirmam prisão e repúdio ao ato
Horas depois, o governo mexicano confirmou a prisão em flagrante do agressor.
Em nota, a Procuradoria da Cidade do México afirmou que o caso será tratado como crime de natureza sexual, conforme previsto no Código Penal local.
Representantes do gabinete de Sheinbaum classificaram o ato como "inaceitável" e reforçaram o compromisso do governo com o combate à violência de gênero.
Violência contra mulheres é alarmante no México
O episódio reacende o debate sobre assédio e violência sexual no país.
Dados do Instituto Nacional de Estatística e Geografia (Inegi) indicam que mais de 70% das mulheres mexicanas com mais de 15 anos já sofreram algum tipo de violência — psicológica (52%), física (35%) ou sexual (48%).
Organizações de direitos humanos estimam que mais de 90% dos casos não são denunciados, compondo o chamado “número oculto” da violência de gênero.
A eleição de Claudia Sheinbaum, a primeira mulher a assumir a Presidência do México, havia sido celebrada como símbolo de avanço na representação feminina no poder. O episódio desta terça-feira, no entanto, expôs a persistência do machismo e da violência contra mulheres em espaços públicos.
Reflexão final
O assédio sofrido por Claudia Sheinbaum expõe uma dura realidade: nem mesmo mulheres em cargos máximos de poder estão imunes à violência de gênero.
O caso reforça a urgência de políticas públicas, educação e punições efetivas para enfrentar um problema que atinge milhões de mulheres na América Latina.
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