Operação fecha 49 postos no MA, PI e TO por lavagem de dinheiro do PCC
Polícia Civil interdita 49 postos em três estados; ação apura lavagem de dinheiro e fraudes ligadas a empresas de fachada e fintechs.
Policiais civis interditam posto de combustível durante a Operação Carbono Oculto 86, em Teresina (PI). — Foto: SSP-PI / Divulgação. Operação Carbono Oculto 86 apura infiltração do PCC no setor de combustíveis e leva à interdição de 49 postos em Piauí, Maranhão e Tocantins.
Polícia desarticula esquema milionário no mercado de combustíveis
Policiais civis deflagraram nesta quarta-feira (5) a Operação Carbono Oculto 86, com o objetivo de investigar a infiltração do Primeiro Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis.
Ao menos 49 postos foram interditados em três estados — Piauí, Maranhão e Tocantins — em uma das maiores ações de combate à lavagem de dinheiro do grupo criminoso já registradas na região.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), a organização utilizava uma estrutura sofisticada de empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs para lavar capitais ilícitos, fraudar o mercado de combustíveis e ocultar patrimônio.
“A investigação revelou interconexão direta entre empresários locais e os mesmos fundos e operadores financeiros investigados pela Operação Carbono Oculto, que integrou Receita Federal, Polícia Federal, Ministério Público de São Paulo e Polícia Militar paulista para desarticular um esquema nacional de lavagem de dinheiro de organizações criminosas”, informou a SSP-PI em nota.
Interdições em três estados
Segundo o levantamento da Secretaria, os 49 postos de combustíveis interditados no Piauí estão localizados em Teresina, Lagoa do Piauí, Demerval Lobão, Miguel Leão, Altos, Picos, Canto do Buriti, Dom Inocêncio, Uruçuí, Parnaíba e São João da Fronteira.
No Maranhão, os estabelecimentos atingidos ficam nas cidades de Peritoró, Caxias, Alto Alegre e São Raimundo das Mangabeiras. Já no Tocantins, a operação chegou ao município de São Miguel do Tocantins.
As investigações continuam para identificar o fluxo financeiro e os operadores responsáveis pela movimentação de recursos entre os estados.
Enraizamento financeiro do crime organizado
A Operação Carbono Oculto 86 é uma continuidade de ações conjuntas entre Receita Federal, Polícia Federal, Ministério Público e forças estaduais, que vêm rastreando o avanço do PCC em setores econômicos formais, especialmente combustíveis, transportes e investimentos.
O nome da operação faz referência à tentativa de “ocultar o carbono”, ou seja, disfarçar a origem ilícita dos lucros obtidos com o crime por meio de estruturas empresariais legalmente registradas.
As autoridades destacam que o objetivo é impedir a contaminação de mercados estratégicos pela atuação do crime organizado e preservar a livre concorrência
Reflexão final
A Operação Carbono Oculto 86 reforça a necessidade de vigilância permanente sobre os elos financeiros do crime organizado, que se sofisticam para atuar em setores estratégicos da economia. O desafio, segundo as autoridades, é seguir o rastro do dinheiro — e não apenas o das armas.
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