Brasil atrai R$ 85,2 bilhões em propostas para transformação mineral estratégica
Iniciativa do BNDES e Finep mobiliza 136 grupos econômicos em todos os estados do país, com foco em inovação, transição energética e descarbonização

Você sabia que o Brasil pode se tornar um dos líderes globais na transição energética por meio da mineração sustentável? A recente chamada pública do BNDES e da Finep mostra que essa realidade está mais próxima do que parece. Com 124 propostas inscritas e um potencial de investimento de R$ 85,2 bilhões, o país se destaca por seu protagonismo em soluções que combinam tecnologia, inovação e sustentabilidade. Curitiba e outras cidades brasileiras também podem se beneficiar dessa nova política industrial voltada ao futuro verde.
Investimento recorde e engajamento nacional
O edital da chamada pública, lançado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), encerrou na última semana com números impressionantes. Foram 124 propostas inscritas, apresentadas por 136 grupos econômicos, abrangendo 23 estados de todas as regiões brasileiras.
A meta é clara: transformar minerais estratégicos em produtos de alto valor agregado, impulsionando a transição energética e contribuindo diretamente para a descarbonização da economia.
Divisão dos recursos: foco em P&D e indústria
Do total de R$ 85,2 bilhões em intenções de investimento:
R$ 6,4 bilhões são destinados a pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I);
R$ 67,8 bilhões devem ser aplicados no escalonamento industrial, ou seja, ampliação da capacidade produtiva em larga escala.
Esse modelo de investimento propõe um novo ciclo de industrialização verde, fortalecendo cadeias produtivas locais e promovendo competitividade no cenário internacional.
Minerais estratégicos: os mais visados
Entre os elementos químicos contemplados, quatro se destacaram por maior número de propostas:
Terras raras: 27 propostas
Lítio: 25 propostas
Cobre: 24 propostas
Grafite: 20 propostas
Esses minerais são fundamentais para setores como baterias, semicondutores, mobilidade elétrica e equipamentos de energia renovável.
Outros minerais prioritários incluídos no edital:
Alumínio
Cobalto
Estanho
Manganês
Níquel
Silício
Titânio
Urânio
Vanádio
Zinco
Tântalo
Tungstênio
Nióbio
Molibdênio
Metais do grupo da platina (PGMs)
Por que o Brasil é estratégico neste setor?
Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o Brasil possui um conjunto de fatores únicos para liderar a nova economia mineral:
Vastas reservas minerais
Matriz energética predominantemente limpa
Ecossistema robusto de inovação
Neutralidade geopolítica
Esses elementos tornam o país uma alternativa confiável e sustentável em meio às tensões geopolíticas globais sobre fornecimento de recursos críticos.
“A grande demanda revela a aposta assertiva da política industrial do governo Lula, voltada para investimentos em transição energética”, afirmou Mercadante.
Finep destaca parceria com o setor privado
Para Celso Pansera, presidente da Finep, o sucesso da chamada pública mostra que o setor produtivo está engajado com a agenda sustentável:
“Estamos viabilizando um novo ciclo de desenvolvimento baseado em sustentabilidade e valor agregado nacional. O país está pronto para avançar nesse caminho.”
A união entre governo, agências de fomento e empresas privadas se torna essencial para superar os desafios tecnológicos da transformação energética.
Impacto potencial para Curitiba e Paraná
Embora os projetos sejam nacionais, Curitiba e o Paraná podem colher frutos importantes desse movimento:
Instituições de pesquisa como UTFPR e UFPR podem participar de parcerias em P,D&I.
Empresas locais ligadas ao setor metal-mecânico, automotivo e de tecnologia podem integrar cadeias produtivas de valor.
A geração de empregos qualificados pode crescer, principalmente em áreas ligadas à ciência dos materiais e engenharia.
Pequena África: R$ 5 milhões para cultura afro-brasileira no Rio
Outro destaque importante é o lançamento de um edital com apoio do BNDES para fortalecer coletivos culturais afro-brasileiros, com foco na região da Pequena África, no centro do Rio de Janeiro.
O edital oferece apoio financeiro entre R$ 50 mil e R$ 500 mil.
As inscrições vão até 5 de junho.
O projeto inclui formação com metodologia do Programa Feira Preta Cria, desenvolvido com o Conselho Britânico e a Universidade de Coventry (Reino Unido).
Essa iniciativa complementa o movimento nacional de valorização da diversidade, cultura e inovação social.
Conclusão
O Brasil está diante de uma oportunidade histórica de reindustrialização verde, com foco em minerais estratégicos essenciais para a economia do futuro. A mobilização de bilhões em propostas revela que o país tem condições reais de liderar cadeias globais de valor ligadas à transição energética.
Para Curitiba e demais regiões, isso representa uma chance de atrair investimentos, gerar empregos e fortalecer sua posição como polo de tecnologia e sustentabilidade.
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