SP: ação contra receptação de celulares prende três pessoas
Operação Mobile Strike prendeu três suspeitos e apreendeu 43 aparelhos em comércio de fachada no centro da capital paulista.
Pessoa utiliza telefone celular; operação da Polícia Civil de São Paulo apreendeu 43 aparelhos em ação contra rede de receptação na capital paulista. — Foto: Freepik / Divulgação. Polícia Civil de São Paulo prende três suspeitos e apreende 43 celulares em operação contra rede de receptação; grupo movimentava até 30 aparelhos por dia.
Operação desmantela quadrilha especializada
A Polícia Civil de São Paulo desarticulou nesta terça-feira (4) uma rede de receptação de aparelhos celulares que atuava no centro da capital paulista. Três pessoas — dois homens e uma mulher — foram presas em flagrante, e 43 celulares foram apreendidos.
As prisões ocorreram em um prédio comercial utilizado como fachada para o esquema criminoso, segundo informações da corporação. Todos os aparelhos serão periciados para identificação das vítimas e rastreamento da origem dos roubos.
Esquema movimentava até 30 celulares por dia
A ação faz parte da Operação Mobile Strike, que também apreendeu oito capacetes, seis relógios, uma arma falsa, anéis, colares, uma bolsa térmica usada para bloquear rastreamento e um veículo de luxo.
As investigações apontaram que a quadrilha movimentava entre 20 e 30 celulares por dia, abastecendo o comércio ilegal de eletrônicos e exportando parte dos aparelhos para o exterior.
“Os alvos das operações agiam como uma organização criminosa, com estrutura hierarquizada e funções bem definidas entre eles”, informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP) em nota.
“Havia responsáveis pelo roubo dos aparelhos, outros pela revenda ao comércio clandestino e intermediários que facilitavam o trâmite entre o roubo e a venda.”
Núcleo financeiro e logístico da quadrilha
Ao todo, 110 policiais civis participaram da operação, planejada para atingir o núcleo financeiro e logístico da organização criminosa. Segundo a SSP, o objetivo foi enfraquecer as bases econômicas que sustentam o comércio ilegal de dispositivos eletrônicos na cidade.
Além das prisões, 11 pessoas foram conduzidas ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) para prestar depoimento e poderão ser indiciadas.
Investigações duraram três meses
O grupo vinha sendo monitorado há cerca de três meses pela 2ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio (Disccpat).
Na primeira fase da operação, realizada em setembro, dois homens já haviam sido presos em uma central de receptação localizada na Barra Funda, zona oeste da capital.
Os investigadores afirmam que as prisões desta terça representam um golpe estratégico no mercado ilegal de celulares roubados, que tem forte ligação com crimes de furto e roubo nas ruas e no transporte público.
Ações integradas devem continuar
A SSP informou que novas ações estão sendo planejadas para identificar outros pontos de receptação e interromper a cadeia de revenda clandestina de aparelhos eletrônicos.
A Polícia Civil também pretende reforçar campanhas de orientação para que os consumidores evitem comprar celulares de origem duvidosa e denunciem locais suspeitos.
Pergunta para o leitor:
Você acredita que a punição aos receptadores é o caminho mais eficaz para reduzir os roubos de celulares nas grandes cidades?




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